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Advisor(s)
Abstract(s)
O conceito
de
género
tem
vindo
a
ganhar
importância
na
análise
da
equidade
em
saúde
e
nos
cuidados
de
saúde
por
chamar
a
atenção
para
um
tipo
específico
de
iniquidade;
aquela
que
resulta
das
desigualdades
mais
vastas,
existentes
entre
mulheres
e
homens,
sejam
elas
de
natureza
social,
económica,
cultural
ou
outra.
A
população
considerada
idosa
(65+
anos)
representa
uma
parcela
significativa
da
população
nos
países
desenvolvidos.
Esta
tendência
foi
intensificada
com
o
declínio
da
natalidade
ao
longo
da
última
década.
A
redução
acentuada
de
nascimentos
tem
um
impacto
crescente
na
relação
intergeracional.
O
aumento
relativo
dos
65+
é
potenciado
pelo
decréscimo
relativo
de
Jovens.
Ao
nível
microdemográfico,
o
declínio
da
mortalidade
tem
tido
maiores
impactos
nos
últimos
patamares
etários
com
o
crescimento
da
esperança
de
vida
nas
categorias
etárias
mais
velhas.
É
principalmente
nos
grupos
etários
acima
dos
65
anos
que
se
registam
maiores
acréscimos
de
esperança
de
vida
tendência
que
irá
continuar
manter-‐se.
O
estado
de
saúde
que
se
goza
em
idade
mais
avançada
depende
não
só
do
que
foi
o
capital
de
saúde
construído
ao
longo
de
uma
vida,
mas
também
do
contexto
atual
de
vida
do
indivíduo,
das
suas
competências,
capacidades
e
recursos
para
promover
e
sua
saúde,
prevenir
a
doença
ou
minorar
as
consequências
desta.
O
objetivo
principal
desta
pesquisa
sobre
envelhecimento,
saúde
e
género,
consistiu
em
avaliar
e
analisar
a
relevância
do
género
no
estado
de
saúde
e
nas
perceções
e
práticas
de
saúde
da
população
portuguesa
com
idade
igual
ou
superior
a
50
anos.
Propusemo-‐nos
conhecer
o
estado
de
saúde
e
as
práticas
de
saúde
da
população
que
envelhece
e
como
é
que
homens
e
mulheres
gerem
a
sua
saúde,
de
que
forma
contribuem
para
a
promover
e
como
contrariam
as
adversidades
que
ocorrem
ao
longo
do
seu
percurso
de
vida.
Para
a
concretização
do
estudo
foram
utilizadas
duas
fontes
de
dados:
i)
Inquérito
Nacional
de
Saúde
(INS)
e
ii)
entrevistas
semiestruturadas.
Este
relatório
sintetiza
os
resultados
da
pesquisa
e
é
constituído
por
duas
partes.
A
primeira
parte
apresenta
a
fundamentação
teórica
com
revisão
bibliográfica
e
o
estado
da
arte
assim
como
as
questões
de
metodologia.
Na
segunda
parte
são
apresentados
e
analisados
os
resultados.
Procurámos
identificar
as
relações
existentes
entre
as
características
demográficas,
sociais
e
económicas
de
mulheres
e
homens,
e
os
respetivos
estados
de
saúde,
estilos
de
vida
e
utilização
de
cuidados
de
saúde.
O
bloco
de
variáveis
demográficas
e
sociais
foi
analisado
enquanto
variáveis
independentes,
explicativas
das
diferenças
encontradas
no
estado
de
saúde
e
na
utilização
dos
cuidados
de
saúde.
A
análise
dos
dados
do
Inquérito
Nacional
de
Saúde
(INS),
na
sua
4ª
versão
(2005/2006)
evidencia
piores
condições
socioeconómicas
das
mulheres
e
também
piores
condições
de
saúde
com
mais
estados
mórbidos
e
uma
pior
saúde
subjetiva.
Por
seu
lado
os
homens
50+
anos
apresentam
melhores
estados
de
saúde,
nas
mesmas
idades
apesar,
avaliações
mais
positivas
da
sua
saúde,
menor
sofrimento
psicológico
associado
a
práticas
consideradas
menos
salutogénicas.
A
categoria
etária
dos
75-‐80
anos
representa
uma
idade
charneira
de
passagem
à
“idade
da
velhice”.
As
entrevistas
em
profundidade
revelaram
que
a
partir
de
limiares
de
idade
avançada
esbatem-‐se
as
diferenças
entre
homens
e
mulheres
no
que
respeita
às
perceções
de
saúde.