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Abstract(s)
A presente dissertação investiga a participação cidadã nas decisões sobre a
organização do espaço público e a mobilidade pedonal em Portugal, porquanto a
definição das políticas públicas e a narrativa social têm-se baseado numa conjuntura
persistente alinhada com os interesses da indústria automóvel e dos seus apoiantes.
Esta influência coloca em segundo plano as vozes individuais, levando a que a
definição dos problemas atualmente enfrentados pelos aglomerados urbanos se
perpetue em ciclos de inação política que não respondem às necessidades de
melhorias na mobilidade urbana e nas condições de vida nas cidades.
Inicialmente, analisou-se como é que as autarquias percecionam e integram os
cidadãos nos processos de decisão. Depois, avaliou-se se a visão dos cidadãos
relativamente ao espaço público é uniforme ou se, pelo contrário, as faixas etárias
mais jovens, mais informadas e educadas podem impulsionar uma mudança no atual
paradigma da mobilidade urbana.
Os instrumentos utilizados foram entrevistas estruturadas, de forma a compreender
a dinâmica da participação cidadã, contando com a participação de 26 autarquias de
todo o pais e inquéritos online para analisar a perceção do ambiente urbano por
parte de jovens que frequentam os 2º e 3º ciclos de escolaridade.
As conclusões destacam a prevalência de programas participativos, embora se
questione a sua eficácia, e a resistência à mudança na mobilidade motivada pela
dependência do automóvel. Observou-se que a participação ativa da comunidade na
definição do espaço público enfrenta desafios significativos devido à cultura
automobilística enraizada na sociedade. No entanto, os jovens demonstram
preferência por espaços urbanos caminháveis, independentemente dos modos de
transporte que utilizam diariamente, sugerindo abertura para políticas que
incentivem a mobilidade pedonal e a interação social nas cidades.
Description
Keywords
Participação cidadã Poder local Espaço público Mobilidade pedonal