Browsing by Author "Trindade, Carlos Alberto"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Uma interpretação do filme Inception: entre os sonhos e a antiga arte da memóriaPublication . Trindade, Carlos AlbertoNeste artigo, após uma introdução geral em que fazemos um resumo do enredo do filme Inception, realizado pelo cineasta anglo-americano Christopher Nolan, que explora as relações entre sonho e memória partindo de uma premissa inovadora (um conceito pseudo-científico) – a possibilidade de várias pessoas compartilharem um (o mesmo) espaço de sonhos –, prosseguimos mencionando sucintamente algumas teorias científicas sobre as relações entre o sonho e a memória, dando ênfase às mais directamente relacionadas com o argumento do filme, mormente as investigações fisiológicas sobre o sono do neurobiologista françês Michel Jouvet, e as pesquisas de Stephen LaBerge, um eminente investigador da Universidade de Stanford (EUA), autor da teoria do sonho lúcido, segundo a qual é possível as pessoas terem consciência de estar a sonhar enquanto dormem. Na parte final, abordamos um aspecto que nos parece relevante na narrativa; e, contudo, parece ter passado completamente despercebido nos textos críticos: também, não conhecemos qualquer declaração de Nolan a esse respeito. A saber, existem na construção do enredo alguns pontos de contacto com a antiga arte da memória (ars memoriae), que atravessou a antiguidade clássica como parte da retórica, e cuja invenção é atribuída ao poeta lírico grego Simónides de Céos, na era pré-socrática, cerca de 477 a. C. Fazemos uma resenha da sua origem, desenvolvimentos e transformações posteriores, bem como uma descrição dos seus princípios gerais e regras, contidos principalmente em três fontes latinas de retóricos romanos, e procedemos em seguida a uma análise comparada de planos escolhidos do filme, que consideramos mais significativos, os quais são “pistas” que permitem fundamentar a nossa hipótese.
- Intersecções entre Pintura, Cinema e Fotografia: referências picturais hopperianas nas imagens cinematográficas e fotográficasPublication . Trindade, Carlos AlbertoProvavelmente, nenhuma arte exerceu uma influência tão evidente nas outras como a Pintura: e, naturalmente,o Cinema não lhe escapou. Neste artigo salientamos a presença que o pintor norte-americano Edward Hopper tem tido nas imagens cinematográficas, sendo decerto um dos artistas mais “apropriados” pelo cinema, na relação com as imagens produzidas por alguns fotógrafos. No cinema, Hopper é uma referência incontornável para muitos directores de fotografia; além disso, as suas pinturas têm sido citadas amiúde, mais ou menos explicitamente, em filmes de cineastas tão diferentes como Wim Wenders, Andrezej Wajda, Herbert Ross, Dario Argento, W. Kar-Wai, Alfred Hitchcock, ou Gustav Deutsch. Entretanto, durante os anos 80 Hopper tornou-se uma referência incontornável para alguns fotógrafos da corrente norte-americana New Color, como Stephen Shore. E mais recentemente, na fotografia contemporânea, na obra de autores como Richard Tuschman, Christophe Clark & Virginie Pougnaud ou Gregory Crewdson. Probably, none art exercised an influence so evident into the others as Painting: and, naturally, Cinema has not escaped. In this article we emphasise the presence that the american painter Edward Hopper has had on cinematographic images, being certainly one of the artists more taken hold by the movies, in relation to the images produced by some photographers. Hopper is a key reference for many cinematographers; in addition, his paintings have been cited often, more or less explicity, in the movies of filmmakers as different as W. Wenders, A. Wajda, Herbert Ross, Dario Argento, W. Kar-Wai, A. Hitchcock or Gustav Deutsch. Nevertheless, during the 1980s Hopper has become a unavoidable reference for some photographers of the american New Color, as Stephen Shore. More recently, in contemporary photography, in the works of Richard Tuschman, Christophe Clark & Virginie Pougnaud or Gregory Crewdson.