Browsing by Author "Sousa, Sara Mónica Tavares Rodrigues de"
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- Participação dos idosos nas atividades de desenvolvimento pessoalPublication . Sousa, Sara Mónica Tavares Rodrigues de; Reis, José AlbertoNas sociedades atuais, o aumento do número de idosos é uma realidade inevitável e tendencialmente crescente, fruto de uma maior longevidade humana e das alterações demográficas das sociedades desenvolvidas. O envelhecimento tornou-se num problema social e tem despoletado desafios a vários níveis, entre os quais o aparecimento e crescimento de respostas sociais, sendo os lares uma delas. Neste contexto, é importante percebermos se os lares são espaços onde se vive de forma passiva e apática ou se são estruturas que promovem o envelhecimento ativo e a participação social. Este estudo vai debruçar-se sobre a participação social na vertente da manutenção das relações sociais e bem-estar dos idosos tendo sido, para tal, analisada a participação daqueles que estão institucionalizados na Residência Bella Vida Viana, com o objetivo de percebermos qual o grau de adesão às atividades e os seus motivos e adequação. Foi utilizada uma metodologia qualitativa que contemplou entrevistas aos idosos da amostra e aos técnicos - gerontóloga e diretora técnica -, observação participante e recolha de dados documentais. Na observação das condições físicas e de funcionamento, foram utilizados os instrumentos ICOF e ICAF do Sistema de Avaliação Multidimensional de Equipamentos Sociais - Lares de Idosos, adaptado do modelo “SERA – Sistema de Evaluación de Residencias de Ancianos”(Ballasteros, 1996), para a realidade portuguesa. Do estudo feito, verificou-se a existência de dois grupos de idosos: um, composto por aqueles que convivem bem com todos os outros, incluindo os mais dependentes e com demências; e o outro, um grupo composto por pessoas com formação académica e nível cultural superior ao dos outros residentes e que apresenta um comportamento mais “elitista”. A análise dos resultados mostrou-nos, no entanto, que ambos os grupos têm uma participação idêntica nas atividades socioculturais e lúdico-recreativas, sendo que o grupo mais “elitista” participa menos nas atividades quotidianas mais populares (jogos de mesa) e mais nas atividades religiosas. O grau de participação e satisfação é bom, sendo de salientar que o tipo de atividades desenvolvidas é compatível com as V exigências de um envelhecimento ativo com preocupação de estimulação cognitiva e de criação de laços entre os residentes.