Browsing by Author "Selma, Sheryne"
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- Carcinoma pavimento-celular: o papel do médico dentistaPublication . Selma, Sheryne; Marques, José SilvaO carcinoma pavimento-celular da cavidade oral, identificado internacionalmente pela designação em inglês oral squamous cell carcinoma (OSCC) representa genericamente um grupo de neoplasias de origem epitelial localizadas em diversos locais anatómicos da cavidade oral, e muito similar dos pontos de vista clínico e fisiopatológico a outros carcinomas pavimento-celulares em localizações anexas. O OSCC é considerado a nível mundial como a décima neoplasia mais comum, sendo mais frequente em indivíduos do género masculino. Seu comportamento clínico envolve normalmente capacidades de invasão local e de metastização. Por outro lado, existem agentes tóxicos, aos quais a mucosa oral pode estar sujeita e que se sabe poderem constituir estímulos conducentes ao aparecimento do tumor. Os profissionais de Saúde Oral, particularmente os médicos dentistas, estão na primeira linha para a aplicação das técnicas de diagnóstico que possibilitem o desejado diagnóstico precoce. Uma correta semiologia com sistematizada inspeção e palpação da cavidade oral e regiões anexas periorais e o recurso sempre que necessário a exames auxiliares de diagnóstico são procedimentos que devem ser integrantes ao plano de tratamento em Medicina Dentária. A terapêutica do OSCC é maioritariamente hospitalar e multidisciplinar, e envolve extensa bateria de exames que permitem definir o estadiamento e atingimento do Tumor. A decisão terapêutica pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou outras opções, tendo como possível resultado colateral a introdução de incapacidades funcionais, e isto apesar de eventuais procedimentos de cirurgia estética e reconstrutiva concomitantes. Cabe normalmente ao médico dentista a receção do doente medicamente tratado no sentido de acabar a etapa final da reabilitação oral, estética e funcional. Apesar dos progressos verificados na terapêutica e meios de diagnóstico, não houve melhoria significativa da sobrevivência global a 5 anos nas últimas 3 décadas, traduzindo a necessidade do rastreio para detetar precocemente as lesões orais. A chave para o tratamento é um diagnóstico atempado.