Browsing by Author "Salva, I"
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- Acidentes em Crianças e Jovens, Que Contexto e Que Abordagem? Experiência de Nove Meses no Serviço de Urgência num Hospital de Nível IIPublication . Batalha, S; Salva, I; Santos, J; Albuquerque, C; Cunha, F; Sousa, HIntrodução: Os acidentes constituem uma importante causa de morbimortalidade infantil e de recurso ao serviço de urgência pediátrica. A nível nacional conhecem-se apenas alguns dados epidemiológicos. Métodos: Estudo observacional transversal com análise da coorte das crianças observadas no serviço de urgência pediátrica de um hospital nível II por motivo de acidente, durante um período de nove meses, com dados obtidos através de um inquérito e submetidos a análise estatística. Resultados: Das 22502 admissões de crianças até aos 14 anos registadas, 1746 (7,8%) foram por acidentes. A maioria era do sexo masculino e tinha mais de 5 anos. Os acidentes ocorreram maioritariamente no exterior da escola (29,1%) e interior de casa (25%), predominando a queda como tipo de acidente (55,5%) e a contusão como mecanismo de lesão (54,2%). A maioria das crianças (77,3%) foi submetida a exames complementares de diagnóstico destacando-se os radiológicos. Os diagnósticos mais frequentes foram os traumatismos superficiais (47,9%) e os ferimentos (24,8%). Em 6,6% (115) dos casos os acidentes foram considerados graves. Estas admissões por acidentes associaram-se a uma despesa imediata estimada de 124 mil euros. Discussão: A frequência elevada e o local de ocorrência dos acidentes coincidiram com a literatura. Apesar do predomínio das lesões minor superficiais (47,9%) verificou-se um número significativo de crianças com necessidade de cuidados hospitalares. Não foram registados óbitos. Os autores concluem que os acidentes em crianças foram um motivo frequente de ida ao serviço de urgência pediátrica com importante consumo de recursos. A sensibilização dos cuidadores é essencial na prevenção dos acidentes.
- Análise das Serologias para Infeções do Grupo TORCH e do Rastreio para Streptococcus do Grupo B na População de Grávidas de uma MaternidadePublication . Lito, D; Francisco, T; Salva, I; Tavares, M; Rodrigues, R; Neto, MTINTRODUCTION: Systematic screening for TORCH infections and group B Streptococcus (GBS) during pregnancy has been an important factor in the improvement of perinatal care. AIM: To evaluate TORCH serology and GBS carriers state in the population of a maternity, to assess variability with age and nationality and to search for congenital infections. MATERIAL AND METHODS: Non-probabilistic prevalence study. RESULTS: 9508 TORCH and 2639 GBS results were registered. Immunity rate for rubella was 93.3%, higher for Portuguese women; for toxoplasmosis it was 25.7%, higher among the oldest and foreign women; IgG for CMV was positive in 62.4%, no influence of age was found. VDRL was reactive in 0.5%; HBsAg was found to be positive in 2.3%, higher in foreign women. Antibodies for hepatitis C virus and HIV were found respectively in 1.4% and 0.7%. No congenital infections were diagnosed. GBS carrier state was found in 13.9%. DISCUSSION: A high rate of positive IgG was found for rubella reflecting vaccines policy. For toxoplasmosis the low rate of positives means that a high number of pregnant women have to repeat serology during pregnancy with inherent costs. Like in the general population, a high rate of CMV positive mothers was found. For some infections we found that foreign women had different conditions. CONCLUSION: Knowledge on TORCH and GBS state helps to better draw guidelines concerning screening policies during pregnancy
- Epstein-Barr virus-associated cholestatic hepatitisPublication . Salva, I; Silva, IV; Cunha, FEpstein-Barr virus infection is common in children, usually presenting as infectious mononucleosis, including fever, tonsillitis and lymphadenopathy associated with self-resolving increase in transaminases. Cholestasis is rare in children with only a few cases reported but it was described in up to 55% of the adult population affected. We present a case of a 6-year-old boy with fever, vomiting and choluria. The physical examination showed hepatomegaly and jaundice and was otherwise unremarkable. The laboratory studies revealed increased transaminases (aspartate aminotransferase 97 U/L, alanine aminotransferase 166 U/L), hyperbilirubinaemia (total bilirubin 3.2 mg/dL, direct bilirubin 2.89 mg/dL) and increased γ-glutamyl transpeptidase (114 mg/dL). Urine urobilinogen was increased. The abdominal ultrasound showed hepatomegaly. Epstein-Barr viral capsid antibody IgM was positive and IgG was negative. Serological studies for other viruses were negative. We underline the need to consider Epstein-Barr virus in the cholestatic hepatitis differential diagnosis, in order to avoid unnecessary investigations.
- Nystagmus in a newborn: a manifestation of Joubert syndrome in the neonatal period.Publication . Salva, I; Albuquerque, C; Moreira, A; Dâmaso, CJoubert syndrome is a rare disorder, usually autosomal recessive, with a prevalence of 1:80 000 to 1:100 000. This disease presents most commonly as breathing irregularities, although the two major clinical criteria are hypotonia and developmental delay, sometimes associated with ocular movement abnormalities. The severity of the presentation varies, ranging from mild cases with normal intelligence to severe developmental delays associated with early death. We report a case of a newborn who presented to the emergency department for absent ocular fixation and torsional nystagmus without other neurological abnormalities. Her cranial MR showed cerebellar vermis agenesis and a molar tooth sign. Her laboratory evaluation, and renal and abdominal ultrasound were normal. An electroretinogram showed mixed retinal dystrophy and an AHI1 homozygous missense c.1981T>C mutation was identified (parents are carriers). Throughout infancy, she has shown mild developmental delay and hypotonia, but no respiratory abnormalities. Owing to variable expressivity, a high level of suspicion is required.
- O Recém-Nascido no Serviço de Urgência - Que Triagem?Publication . Albuquerque, CL; Salva, I; Santos, J; Batalha, S; Lito, D; Ferreira, P; Cunha, FIntrodução: Os recém-nascidos que recorrem ao serviço de urgência pediátrico requerem uma triagem que priorize o seu atendimento. Os objetivos deste estudo foram caracterizar os recém-nascidos admitidos no serviço de urgência pediátrico, determinar se a triagem pelo Sistema de Triagem de Manchester se adequou à gravidade das condições apresentadas e, adicionalmente, calcular a sua sensibilidade e especificidade. Métodos: Estudo observacional transversal com colheita retrospetiva de dados de recém-nascidos no serviço de urgência pedi- átrico, triados com o Sistema de Triagem de Manchester entre agosto de 2011 e julho de 2012. Resultados: Os recém-nascidos constituíram 0,8% (n = 281) das admissões no serviço de urgência pediátrico. A maioria (81,1%) recorreu sem referenciação. Não se verificou uma associação entre referenciação e diagnóstico da alta. Os recém-nascidos foram maioritariamente triados com o nível “pouco / não urgente” (174/281; 61,9%) mas destes, 46 (27%) apresentavam “patologia com necessidade de cuidados médicos hospitalares” e 16 (9%) foram internados / transferidos. Não se verificou uma associação entre utilização de recursos hospitalares / destino da alta e prioridade atribuída pelo Sistema de Triagem de Manchester, tendo este uma sensibilidade e especificidade calculadas de 47,1% e 66,1%, respetivamente. Discussão: Aproximadamente 70% das idas ao serviço de urgência pediátrico foram consideradas clinicamente injustificadas. Deve ser fortalecida a relação dos cuidadores com os cuidados de saúde primários e enfatizada formação em perinatologia. A triagem efetuada pelo Sistema de Triagem de Manchester revelou uma baixa sensibilidade e especificidade, parecendo não estar adaptada à amostra de recém-nascidos. Deverá ser atribuído um fator diferenciador ao recém-nascido na triagem. São necessários mais estudos aleatorizados que testem a validação do Sistema de Triagem de Manchester nesta população.