Browsing by Author "Rocha, Juan"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Analisando o uso do método Q nos estudos sobre educação em saúdePublication . Sampaio, Samára; Galvão, Maria Cristiane; Baldoni, Nayara; Fernandes, Maria Neyrian; Donadeli, Josiane; Santos, Márcia; Rocha, Juan; Santos, Ana Maria; Ferreira, Janise; Forster, AldaísaIntrodução: O método Q, apesar de criado nos anos de 1930, despertou o interesse de pesquisadores de diversas áreas no século XXI, com crescente uso nas publicações que buscam compreender elementos constituintes da subjetividade. Caracterizado neste trabalho como um método misto de pesquisa, enquadra-se na categoria de estudo exploratório sequencial, representado pela expressão QUAL>QUAN, em que resultados quantitativos são mobilizados para confirmar os resultados qualitativos a fim de melhor entender o fenómeno. Objetivo: Caracterizar o método Q e suas potencialidades como método misto de pesquisa na área da educação na saúde com tecnologias digitais. Método: A pesquisa teve caráter qualitativo, explorou 13 estudos selecionados, de acordo com os critérios de inclusão específicos, nas bases de dados PubMed, Scopus, CINAHL, PsycInfo, Web of Science e LILACS no ano de 2019. Resultados: O método Q é formado por cinco fases, dentre as quais três abrangem o componente qualitativo do estudo: i. definição do concourse (declarações sobre determinado tema); ii. o desenvolvimento da amostra Q (Q sample ou Q set, um conjunto de declarações que representam a amostra do estudo); e iii. a seleção do P set (grupo de participantes do estudo). Uma fase caracteriza o componente quantitativo do método: iv. construção e análise do Q sort a partir da graduação em uma régua pelos participantes do estudo, com uma valorização atribuída a cada declaração e, em seguida, por meio da análise estatística e análise fatorial, busca-se correlações entre os diferentes arranjos de respostas. E, por fim, a fase v. de interpretação dos dados, na qual ocorre a conciliação dos componentes qualitativos e quantitativos. Na revisão de literatura realizada sobre o uso desse método misto na educação na saúde com o suporte de tecnologias verificou-se que há variações nas técnicas utilizadas para construção do concourse, como entrevistas, levantamento de literatura, grupos focais; na definição do número de itens da amostra Q, ou seja, o número de declarações. O conjunto P não necessita de um número elevado de pessoas, pois as baixas taxas de resposta não influenciam os resultados, já que o objetivo principal é identificar uma correlação entre arranjos de respostas, não testar a distribuição proporcional dessas respostas em uma população maior. No caso dos estudos na área da educação em saúde com tecnologias extraíram-se os padrões identificados em estudantes, professores e funcionários de estudantes, professores e funcionários por meio dos Q sorts, que foram analisados com diferentes softwares e variados métodos de rotação. Conclusão: O método Q é uma estratégia para estudar diferentes fenómenos subjetivos a partir da significação emprestada aos ítens ou declarações e a possibilidade de representar as estruturas internalizadas explícitas. Então, aprender sobre esse método e a natureza do seu recorte de pesquisa, tipo misto, parece adequado para o desenvolvimento de estudos na área das ciências da saúde, principalmente na formação profissional na cultura digital.
- O uso do Moodle em disciplinas de pós-graduação de uma faculdade de medicina brasileiraPublication . Sampaio, Samára; Rocha, Juan; Galvão, Cristiane; Tarcia, Rita; Ferreira, Janise; Forster, AldaísaIntrodução: Entender a complexidade dos desafios do novo paradigma do ensino superior com o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) é essencial para o processo de educar e aprender. O Moodle é um exemplo de TDIC que vem sendo utilizada para o suporte ao ensino em cursos de graduação, pós-graduação e projetos de extensão universitária. Objetivo: Avaliar a utilização da plataforma Moodle em disciplinas oferecidas nos programas de pós-graduação de uma faculdade de medicina no contexto brasileiro. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com levantamento das disciplinas da pós-graduação de uma faculdade de medicina cadastradas no Moodle. A coleta dos dados se deu por meio do checklist desenvolvido por Rocha, o qual abarca as seguintes questões: i) Há roteiro de orientação para o aluno?; ii) Além dos conteúdos oferecidos há links para estudos complementares?; iii) Os alunos podem realizar estudos ou pesquisas de interesse próprio?; iv) Há atividade que os alunos deverão realizar em cada aula?; v) Há formação de grupos para estudos ou tarefas?: vi) Há propostas de pesquisas na web?; vii) Há uma síntese dos conteúdos e domínios do curso?; viii) Há uma avaliação?. Resultados: No momento de realização do estudo, havia 18 programas de mestrado e doutorado académico e foram oferecidas 217 disciplinas nesses programas de pós-graduação da faculdade pesquisada. Dessas disciplinas, após a exclusão das disciplinas repetidas, 14% (n=31) foram cadastradas no Moodle. Do total dessas disciplinas, 65% (n=20) foram estudadas e em apenas 15% (n=3) dessas foram observadas a utilização dos recursos/atividades do ambiente como propõe o checklist. A utilização preponderante nas disciplinas de dois recursos (arquivo e rótulo) e duas atividades (fórum de notícias e tarefa) caracteriza o ambiente virtual das disciplinas estudadas como um local para repositório de textos, sem nenhuma interação. Discussão: A partir dos dados apresentados é possível evidenciar que o uso do Moodle na faculdade de medicina estudada não é amparado na exploração dos diversos recursos e atividades. O ambiente virtual é mais utilizado como uma ferramenta de dispensação de materiais e não de construção de redes de interações com construção de conhecimentos. As instituições educacionais vêm realizando investimentos pesados na informatização e no estímulo à cultura digital. Todavia, a oferta de redes de comunicação para docentes e alunos, redes de transmissão, equipamentos de gravação, ilhas de edição, salas de videoconferências e outras, apesar de necessárias, não conseguirão sozinhas impactar na transformação do modelo educacional. Faz-se necessário uma ação política para debater o caminho da mudança. Conclusão: Se o objetivo da instituição for estimular o docente a usar as TDICs, como, por exemplo, o Moodle, com qualidade e as potencialidades que as ferramentas digitais podem oferecer à educação presencial, a formação docente com abordagens pedagógicas da educação online, além do suporte técnico, faz-se necessária.