Browsing by Author "Pereira, Leonardo Quirino da Costa"
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- A sobrevivência de plantas de eucalipto em condições de stresse hídrico: Comparação entre o Controlo e Diferentes tratamentos com hidroretentores (orgânico vs sintético, simulação em viveiro)Publication . Pereira, Leonardo Quirino da Costa; Gomes, Maria Filomena Figueiredo NazaréO eucalipto desempenha um papel significativo na economia portuguesa. No entanto, as alterações climáticas podem afetar, em particular, a sua sobrevivência à plantação. A utilização de aditivos, que conservam a água pode aumentar o período de plantação e a resiliência das plantas ao stresse hídrico. O objetivo deste estudo foi comparar o controlo com diferentes tratamentos, em condições de stress hídrico, simulado em estufa (sem rega, nem rede de sombra), em vaso, com um solo de textura grosseira e com baixo teor em matéria orgânica. De forma a reduzir o efeito genético na tolerância ao stresse hídrico, foram utilizadas plantas do mesmo clone, distribuídas em 3 blocos completos e casualizados. Foi simulada uma precipitação de 10mm, 49 dias após a instalação. O controlo (tratamento operacional) consistiu na aplicação ao fundo cova de adubo de libertação controlada (Agroblen 30 g/planta). Este foi comparado com a utilização de dois polímeros para retenção de água (Polímero Orgânico Fertilizante vs Hidroretentor Sintético). Para ambos os polímeros, foi testada a sua aplicação seco ao fundo da cova (2g/planta) vs previamente hidratados (2g/500ml/planta) e, para ambas condições, foi adicionado adubo de libertação controlada. Foi simulada a plantação após a ocorrência de uma precipitação (solo húmido). Com o objetivo de avaliar o período de tolerância ao stress hídrico e consequentemente o potencial aumento do período de plantação foi testada para todas as condições, inclusive o controlo, a realização de uma rega após a plantação de 2L/planta. Foi ainda testada, para as condições de rega após a plantação, e para ambos os polímeros secos a adição de fósforo e, ainda, a adição de fósforo e adubo de libertação controlada. Após a plantação procedeu-se semanalmente à avaliação de parâmetros fisiológicos (turgidez, desenvolvimento foliar), sobrevivência e ao registo do teor em clorofila, flavonoides, antocianinas e NBI com recurso ao DUALEX® Optical leafclip meter. Após 56 dias sob stresse hídrico, a melhor taxa de sobrevivência foi de 93,3%, com uso de Hidroretentor Sintético seco aplicado ao fundo da cova, adicionado de superfosfato 18% e com rega à instalação (tratamento Ta10), enquanto com o Polímero Orgânico Fertilizante, aplicado em condições similares (tratamento Ta9) observou-se uma taxa de sobrevivência de 53,3%. As plantas de controlo só sobreviveram até 28 dias. A análise das raízes dos tratamentos Ta10 e Ta9 revelaram um crescimento para além do torrão, com forte adesão dos polímeros às raízes, contrastando com o grupo Controlo que não apresentou crescimento da raiz. Comparando com os resultados observados no exterior em 2023 (Vaz, J. 2023), onde o mesmo tratamento controlo obteve 30% de sobrevivência ao fim de 36 dias, pode-se referir que o melhor resultado observado em T10 com 93,3% sobrevivência ao fim de 56 dias, poderá corresponder aos 60 dias (2 meses). No entanto, considerando a “precipitação” de 10 mm, realizada aos 49 dias, será conveniente proceder a uma rega após 49 dias, caso não se observe qualquer precipitação ou ocorrência de precipitações ocultas (orvalho, nevoeiro). Estes resultados sugerem que a utilização de polímeros secos ao fundo da cova, adicionados de fósforo e com recurso a rega à plantação permitem antecipar o período de plantação de cerca de 2 meses.