Browsing by Author "Pato, Muriel Fernandes"
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- O enquadramento de dinheiro e a desejabilidade de bensPublication . Pato, Muriel Fernandes; Scholten, MarcO tema dinheiro é, e sempre será, um tema sensível, por diversas razões, sendo que uma das quais é a moralidade em redor das decisões para “gastar” o dinheiro em consumo presente e decisões para “poupar” o dinheiro para consumo futuro. A moralidade também se evidencia em redor de determinadas decisões sobre o tipo de bens a adquirir: gastar o dinheiro em, ou poupar o dinheiro para, bens de luxo ou bens de necessidade, bens hedónicos ou bens utilitários. Por exemplo, uma segunda casa é um bem de luxo, mas uma casa para viver é um bem de necessidade; e mesmo uma casa para viver (portanto, uma necessidade) pode ser escolhida baseado em motivos mais hedónicos (e.g., vista sobre a cidade) ou motivos mais utilitários (e.g., proximidade do emprego). O presente estudo pretende analisar como as designações alternativas de “dinheiro” (dinheiro “para gastar”, dinheiro “para poupar”, ou “dinheiro” só) impacta sobre a desejabilidade de bens de luxo e bens de necessidade. Para esta investigação foi assumido que “dinheiro para gastar” é relativamente mais provável que seja representado como um luxo e “dinheiro para poupar” é relativamente mais provável que seja representado como uma necessidade. Desta forma, foram estudadas as escolhas entre “dinheiro” (“para gastar”, “para poupar” e “dinheiro” só) e os luxos (hedónicos) e as necessidades em espécie (e.g., vale para um cruzeiro ou vale para compras de supermercado, respetivamente). Ou seja, quando existe uma escolha entre “dinheiro para poupar” e luxo (em espécie), estamos perante uma escolha entre necessidade (“dinheiro para poupar”) e luxo (e.g., voucher para um cruzeiro). Os resultados do estudo demonstraram que a escolha de um vale de necessidade em vez de dinheiro é mais elevada do que a escolha um vale de luxo em vez de dinheiro. Os resultados também demonstraram que a escolha de um vale (luxo ou necessidade) em vez de dinheiro é mais elevada quando o dinheiro é enquadrado como dinheiro “para poupar” do que quando é enquadrado como dinheiro “para gastar”. Por ultimo, a escolha de um vale (luxo ou necessidade) em vez de dinheiro (quase) não é afetada por se enquadrar o dinheiro como “para gastar”.