Browsing by Author "Ferreira Lopes de Silva Pereira , Ana Catarina"
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- Gestão em Contexto de Crise nas Farmácias Portuguesas: Reflexos dos Problemas Económico-Financeiros na Rendibilidade dos Capitais PrópriosPublication . Ferreira Lopes de Silva Pereira , Ana Catarina; Ferreira, LeonorIntrodução: Abraçar a profissão farmacêutica pode confundir-se com o propósito de um dia possuir ou gerir um negócio. Então, haverá a necessidade de compreender os conceitos básicos de análise financeira, e aplicá-los nas práticas de farmácia. Pode acontecer, ao ingressar na profissão, de repente, estar a gerir um negócio ou ter de responder a uma gestão de alto nível, tornando-se proprietários ou sócios de farmácia, e não sabem como gerir de forma eficaz. Assim, se por um lado os profissionais de farmácia estão em condições de responder a aspetos clínicos no trabalho, por outro lado podem estar menos preparados para os desafios de acompanhar ou apoiar o funcionamento de um negócio. Neste quadro, esta investigação enfatiza a análise financeira, mas também o impacto sobre toda a prática da farmácia, evitando a insolvência, considerando a conjuntura económica onde nos encontramos, em Portugal. Objetivos: O tema central a que a dissertação se propõe é o estudo da importância da análise financeira em empresas do sector das farmácias, tendo como principais objetivos: Contribuir para o conhecimento da situação económico-financeira do sector das Farmácias portuguesas. Aplicar o modelo Dupont no cálculo do ROE (Return on Equity) à média agregada do sector, ao longo do quinquénio de 2009-2013. Identificar as causas das dificuldades económico-financeiras que potenciam a in-solvência das farmácias. Ser um contributo para gestores farmacêuticos, ao recomendar medidas a imple-mentar de forma a ultrapassar as dificuldades económico-financeiras diagnostica-das. Metodologia: Este estudo aplica o modelo Dupont ao longo dos anos e analisa os fatores determinantes da alteração da rendibilidade do capital próprio das farmácias portuguesas. Fonte de dados: Banco de Portugal, Infarmed e ANF. Objeto: Demonstrações Financeiras das Farmácias Portuguesas-Média Agregada. Período: 2009-2013.Resultados: Numa perspetiva financeira, foram analisadas as alterações na rendibilidade do Capital Próprio das Farmácias Portuguesas, relativamente ás decisões de investimento, financiamento e o regime fiscal. Através do modelo Dupont, foi possível conhecer as razões das variações ocorridas: A rendibilidade do ativo em 2009 era de 6,40%, começando a ter uma significativa tendência decrescente a partir de 2011, atingindo o valor mínimo de 2,34% em 2012, melhorando ligeiramente para 3,97% em 2013. Esta redução da rendibilidade do ativo foi essencialmente devida á diminuição da rotação do ativo, provocada pela diminuição do volume de negócios de 21% em 2013 face a 2009; O efeito de alavanca financeira encontrou-se ao longo do quinquénio 2009-2013 superior a um, sendo favorável, potenciando a rendibilidade do capital próprio. No entanto apesar dos gastos de financiamento terem sido ao longo dos anos em análise inferiores à rendibilidade do ativo, contatou-se uma proximidade signifi-cativa entre os valores assumidos por estas duas variáveis; A taxa de tributação efetiva sobre o rendimento em 2009 era de 26,83%, atingiu o seu máximo em 2012 de 91,87%, baixando em 2013 para 41,92%. Conclusão: A metodologia utilizada permitiu confirmar a vulnerabilidade da situação financeira e económica das farmácias em Portugal, no quinquénio 2009-2013, tendo atingido quase o fundo no ano de 2012, onde muitas entidades se tornaram insolventes e encerraram. Constatou-se uma preocupação crescente com a qualidade dos serviços bem como a diversificação de oferta de serviços e produtos de cosmética que poderá permitir ultrapassar as dificuldades. Dada a crise económico-financeira ser recente, não é possível determinar com precisão esse ponto de viragem, apesar da melhoria ocorrida em 2013, uma vez que as farmácias que sofreram piores condições acab