Browsing by Author "Ferreira, Rita Salgado"
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- Novos mecanismos de pagamento e avaliação económica de antibióticos em PortugalPublication . Ferreira, Rita Salgado; Margarido, Paulo; Labisa, PedroO aparecimento das resistências antimicrobianas (RAM) representa uma ameaça crescente para a sustentabilidade dos sistemas de saúde e para a eficácia dos tratamentos. A indisponibilidade de antibióticos de primeira linha, seja devido a ruturas de stock ou ao desenvolvimento de resistências, pode levar à prescrição de alternativas mais caras, com maior potencial de efeitos colaterais e resistência adicional. Este estudo tem como objetivo principal analisar e comparar os modelos de avaliação e financiamento de antibióticos em países europeus, nomeadamente a Suécia, o Reino Unido e Portugal, com o intuito de identificar boas práticas e propor melhorias para o contexto português. No Reino Unido, foram testadas abordagens inovadoras, como o modelo de subscrição-pagamento e uma nova abordagem para as Avaliações de Tecnologias de Saúde (HTA) dos antibióticos. Na Suécia, embora os esforços tenham sido limitados a estudos piloto, práticas semelhantes têm sido exploradas. Para demonstrar que os modelos implementados na Suécia e no Reino Unido possivelmente estão a ter sucesso podemos analisar dois indicadores principais: a taxa de mortalidade atribuídas às RAM e o número de antibióticos aprovados e comercializados. Em 2019 a Suécia apresentou um taxa de mortalidade atribuida às RAM de 5,7 mortes por cada 100.000 habitantes. Embora o Reino Unido tenha uma taxa de mortalidade atribuída às RAM mais alta que a Suécia (11,3 por cada 100.000 habitantes) este valor continua a ser inferior ao apresentado por Portugal (20,9 por 100 000 habitantes) Em relação ao número de antibióticos comercializados em cada país, dos 12 novos antibióticos aprovados pela EMA entre 2010 e 2019, a Suécia comercializou 8, o Reino Unido 9 e Portugal 4. Esta revisão identifica mecanismos que possam ser implementados em Portugal de avaliação o financiamento de antibióticos, com base nas boas práticas internacionais, garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde e enfrentando o desafio da resistência antimicrobiana.