Browsing by Author "Dias, Letícia Rodrigues"
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- Transfusões sanguíneas em cães e gatos: um estudo retrospetivoPublication . Dias, Letícia Rodrigues; Duarte, Sofia Alexandra Giestas CancelaAs transfusões sanguíneas são cada vez mais comuns na prática de clínica de animais de companhia. A disponibilidade de diferentes produtos, tais como testes rápidos de tipificação sanguínea e a disponibilidade de produtos sanguíneos disponíveis no mercado facilitam a sua realização. O presente estudo teve como objetivo caracterizar uma população de cães e gatos submetidos a terapêutica transfusional com sangue total ou concentrado de eritrócitos, em seis centros de atendimento médico veterinários de Portugal, entre Março de 2014 e Março de 2019. Foram recolhidos dados referentes à caracterização dos animais, ao número de transfusões, origem e tipo de componentes administrados, à tipificação, aos principais motivos da transfusão, à sobrevivência, ao número de dias de internamento e à variação do valor do hematócrito após a realização das transfusões sanguíneas. No presente estudo foram analisados 116 animais, dos quais 59 cães e 57 gatos, aos quais foram realizadas transfusões sanguíneas de sangue total ou de concentrados de eritrócitos. A maioria dos animais não foi tipificada (63,8%) previamente à transfusão, sendo que, dos animais tipificados a maioria dos gatos (96,2%) pertencia ao tipo sanguíneo A, e a maioria dos cães (75,0%) ao DEA 1 positivo. A maioria dos animais sobreviveu após a transfusão (77,2% gatos e 64,4% cães). A sobrevivência dos gatos após a transfusão foi influenciada de forma significativa pela idade, e nos cães pela idade e origem do sangue, sendo que os animais mais velhos apresentaram menor sobrevivência, e os animais transfundidos com componentes provenientes do banco de sangue tiveram uma maior sobrevivência. A sobrevivência pode ter sido influenciada por outros fatores tais como o motivo/doença subjacente do animal. A média de hematócrito pré-transfusional nos gatos (11,8%) foi mais baixa que nos cães (16,7%), pela maior capacidade de adaptação dos primeiros. Nos cães, o aumento médio do hematócrito após a transfusão foi de 9,0%, próximo dos 10% conforme recomendado pela literatura consultada, enquanto que nos gatos foi de 6,2%. Não foram registadas reações transfusionais.
