Browsing by Author "Costa, Guilherme Lopes da Cruz Sena"
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- Traços psicopáticos e comportamento desviante em estudantes universitários : a influência das experiências positivas e negativas na infânciaPublication . Costa, Guilherme Lopes da Cruz Sena; Soeiro, CristinaEnquadramento: De acordo com a literatura, o desenvolvimento da psicopatia é influenciado significativamente por fatores biológicos, havendo uma predisposição genética para a manifestação de traços psicopáticos, e por fatores ambientais, havendo autores que defendem que os traços psicopáticos que o individuo manifesta são produto das suas experiências e do meio envolvente. Assim sendo, é essencial esclarecer o que promove o desenvolvimento desta perturbação, identificando que fatores ambientais influenciam a expressão da psicopatia de forma a compreender melhor esta perturbação e facilitar a operacionalização da mesma. Objetivos: Analisar a relação entre: a) experiências positivas e adversas na infância e a existência de traços psicopáticos e; b) traços psicopáticos e o comportamento desviante, numa amostra universitária. Participantes: A amostra inclui 48 adultos portugueses (41 mulheres e 7 homens) entre os 18 e os 40 anos (M = 21.5, DP = 4.0). Método: Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com base na Psychopathy Checklist Screening Version (PCL-SV) e aplicado um protocolo online (Google forms), constituído por: a Escala de Experiências Benevolentes na Infância (BCEs), o Questionário da História de Adversidade na Infância (Family ACE Questionnaire) e a Triarchic Measure of Psychoathy (TriPM). Resultados: As Experiências contra o individuo e as experiências adversas na infância apresentam uma correlação positiva significativa com a desinibição e a psicopatia. O Ambiente familiar disfuncional apresenta uma correlação significativa positiva com a desinibição. As experiências positivas na infância apresentam uma correlação negativa significativa com a desinibição e a psicopatia. Apresentam também um efeito negativo significativo na desinibição e na psicopatia, com um valor explicativo de 22.4% e 19.1%, respetivamente. Conclusão: Os resultados permitem concluir que as experiências na infância têm influência no desenvolvimento de traços psicopáticos, podendo as experiências positivas na infância funcionar como fator de proteção.