Browsing by Author "Braga, Ana Cristina Cabral"
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- A Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção naEducação Pré-Escolar:As abordagens e a autoeficácia dos Educadores de InfânciaPublication . Braga, Ana Cristina Cabral; Freitas, Ana CristinaA Perturbação da Hiperatividade com Défice de Atenção tem um impacto significativo nos diferentes contextos de vida das crianças, incluindo o da Educação Pré- Escolar, podendo prejudicar o desenvolvimento social e as aprendizagens pelos problemas de comportamento e atenção que lhe estão associados (e.g. APA, 2014). É, portanto, fundamental que o Educador de Infância adote estratégias pedagógicas que ajudem a diminuir os comportamentos desajustados (Antunes, Silva e Afonso, 2014). Há estudos que sugerem que a eficácia da intervenção pedagógica dos docentes, incluindo perante Necessidades Educativas Especiais, é fortemente influenciada pelas suas crenças de autoeficácia (e.g. Silva, Ribeiro e Carvalho, 2013). O estudo teve como objetivos: (1) identificar quais as estratégias pedagógicas mais utilizadas pelos Educadores com crianças com problemas de comportamento e de atenção (PCA)/PHDA; (2) testar as hipóteses de que a duração da experiência docente e as crenças de autoeficácia estão positiva e significativamente relacionadas com a adequação das práticas pedagógicas. Para o efeito, realizámos um inquérito por questionário a uma amostra de 153 sujeitos de 31 Jardins-de- Infância da cidade de Lisboa. A recolha de dados foi feita com recurso a uma escala que traduzimos e adaptámos à Educação Pré-Escolar e à realidade portuguesas, o Instructional and Behavior Management Approaches Survey (IBMAS), de Martinussen, Tannock e Chaban (2011). As crenças de autoeficácia docente foram avaliadas através da escala de Bandura (1990). As práticas pedagógicas mais adotadas pelos Educadores na abordagem aos PCA/PHDA estão em sintonia com as indicações da literatura, por exemplo: O IBMAS, de Martinussen et al. (2011). No entanto, entre as abordagens reportadas como menos frequentes, os Educadores incluíram ‘o uso de outras técnicas, além da verbal’, apesar de ser uma prática positiva que ajuda a criança a aproximar-se dos comportamentos esperados (Parker, 2003). Os resultados confirmaram a hipótese de que a autoeficácia funciona como preditora das práticas pedagógicas, mas não a da influência da duração da experiência profissional. Também não se verificaram diferenças nas práticas dos Educadores com e sem mestrado. As conclusões do estudo reforçam a importância da formação contínua para que os Educadores de Infância adquiram competências específicas na abordagem à PCA/PHDA, um problema que compromete o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças.