Browsing by Author "Alves, Maria João"
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- Conhecimentos, crenças e atitudes dos enfermeiros acerca dos cuidados paliativosPublication . Alves, Maria João; Martinho, Maria JúliaOs cuidados paliativos são prestados com base nas necessidades e não apenas no diagnóstico ou no prognóstico, devendo ser introduzidos de forma estruturada em fases mais precoces da doença. Conforme as necessidades dos doentes o justifiquem, estes assumirão importância cada vez maior na prestação de cuidados. Todas as pessoas com doenças crónicas sem resposta à terapêutica de intuito curativo e com prognóstico de vida limitado, são candidatas a cuidados paliativos. A família deve ser incorporada nos cuidados prestados aos doentes e ser ela própria objeto de cuidados, durante a doença e durante o luto (DGS, 2010). O estigma associado aos cuidados paliativos está relacionado com a morte, ou a proximidade desta (Hui et al.,2015; Zimmerman et al.,2016). Mas também com a ideia de que já não há nada a fazer, que não há esperança, uma ideia de dependência e incapacidade (Bruera & Hui,2010; Zimmerman et al.,2016). Este estudo insere-se no âmbito do Mestrado em Enfermagem Médico Cirúrgica e é parte integrante do projeto “Representações, Famílias e Modelos de Intervenção em Saúde: REFAMIS” que é um dos projetos da unidade pedagógica Enfermagem, Disciplina e Profissão da ESEP. Com a elaboração deste estudo pretendemos contribuir para a melhoria da intervenção de enfermagem no âmbito dos cuidados paliativos diminuindo atitudes negativas e estigmatizantes. O objetivo geral surge da necessidade de compreender se existem comportamentos estigmatizantes por parte dos enfermeiros em relação ao doente paliativo através da realização um estudo quantitativo, descritivo, transversal e correlacional, no qual a amostra são os enfermeiros dos Serviços de Medicina Interna e de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar e Universitário de São João, EPE. Tendo como método de recolha de dados a aplicação de um questionário ADOC. Apesar de ser difícil objetivar a presença de estigma por parte dos enfermeiros em relação ao doente paliativo, percebe-se que mais do que atitudes estigmatizantes são as dificuldades que os profissionais demonstram no que diz respeito a questões sobre o fim de vida, realização ou suspensão de intervençoes, ou a relação com a família. Estas são questões que inquietam os profissionais de forma transversal, profissionais que são desde cedo incitados e ensinados na doutrina do curar em vez de paliar. Deste modo, “cuidar da pessoa em fim de vida é complexo e difícil para os profissionais de saúde, nomeadamente para os enfermeiros que se deparam com a incurabilidade da doença e com prescrições que visam combater a morte, mesmo que seja reconhecida a irreversibilidade da situação clínica” (Pimenta, 2015, p.14).