AFA - DA - Departamento de Aeronáutica
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Browsing AFA - DA - Departamento de Aeronáutica by advisor "Rocha, Luís"
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- O ciberespaço como dimensão de segurançaPublication . Aparício, Marcelo; Balão, Sandra; Rocha, LuísNum mundo cada vez mais dependente do uso tecnológico, o ciberespaço constitui um dos maiores desafios da atualidade a nível social, económico, político, cultural, tecnológico e militar, razões que justificam a sua “classificação” como um domínio de influência na esfera das Relações Internacionais. O aumento do uso da internet e do número de dispositivos que a esta podem aceder veio transformar o modo de funcionar do mundo, criando inúmeras oportunidades mas permitindo, ao mesmo tempo, o aparecimento de ameaças reais e preocupantes - que afetam tanto a privacidade e segurança do cidadão comum, como as infraestruturas críticas de um Estado. A emergência de ciberataques como o da Estónia em 2007 ou da Geórgia em 2008 vieram demonstrar a necessidade de um investimento e desenvolvimento de capacidades de ciberdefesa e cibersegurança mas, também, a carência de documentos estratégicos e políticos sobre o domínio do ciberespaço. Organizações Internacionais como a ONU, a NATO, e a UE têm vindo a desenvolver as suas capacidades de ciberdefesa para poderem dar resposta às ameaças emergentes do ciberespaço. No entanto, realçam a importância de que este mesmo tipo de iniciativas seja levado a cabo por parte dos seus Estados Membros a título individual, além de que também é imprescindível assegurar a cooperação entre eles para que seja possível atingir o sucesso perante este desafio. De facto, algo que o ciberataque contra a Geórgia veio revelar é a capacidade existente de coordenar o domínio “ciber” com os outros domínios de operações militares tradicionais, levando assim à possibilidade de uma ciberguerra ser despoletada ou, mesmo, de se invocar o artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte. Neste sentido, torna-se imperativo abordar o ciberespaço como o domínio operacional que é, promovendo medidas de ciberdefesa e cibersegurança nas principais Organizações Internacionais e nos seus Estados Membros, neste cenário atual de dependência tecnológica em que vivemos e que o Homem, graças ao saber e conhecimento, projetou para o século XXI.
- Desafios geopolíticos no Médio Oriente e Norte de ÁfricaPublication . Mendes, João; Saraiva, Maria; Rocha, LuísEm pleno século XXI, a região do Médio Oriente e Norte de África consta como um dos grandes desafios e ameaças para a segurança e estabilidade global. Detentora das maiores reservas energéticas do mundo, a estabilidade na região é essencial para a economia mundial. O passado histórico colonial e a influência internacional encontram-se bem presentes no «outro lado» do Mediterrâneo, mostrando os maiores índices autoritários em relação a qualquer outra região do globo. Simultaneamente, a corrente liberal, que impera na comunidade internacional, apela por uma ordem mundial democrática que exige o respeito e a igualdade de direitos para todos os cidadãos. Numa época em que o paradigma liberal da sociedade internacional tenta romper pelos costumes tradicionais e iliberais das sociedades locais dizimadas por conflitos, a construção de paz dos últimos anos não tem sido materializada com o sucesso pretendido devido a uma multiplicidade de fatores. Como alternativa concetual à intervenção da comunidade internacional, surge o conceito de hibridismo, tentando fornecer um novo paradigma nas relações entre atores externos e locais, de modo a aproximar as perspetivas liberais e iliberais para atingir um processo de paz a aplicar numa determinada sociedade. Fruto do que é a História do Médio Oriente e Norte de África e dos fracassos das intervenções Ocidentais na região, a solução para uma paz sustentável necessita primeiro de ser legítima aos olhos da população. Nesta ótica, os intervenientes externos não se podem iludir por falsas esperanças e devem abraçar a realidade encontrada no terreno de modo a atingir resultados positivos. A construção de paz não pode ser considerada como um molde definido e pronto a aplicar em qualquer região. A especificidade e diversidade de cada cultura impede uma aproximação universal, sendo que se torna imperativo uma resolução híbrida que resulta da negociação e contestação dos moldes liberais e iliberais.