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Abstract(s)
Com a mudança do paradigma económico a que se tem vindo a assistir, ao qual não foi alheia a evolução
ecnológica exponencial e o grande boom da globalização por ela permitida, as organizações passaram a
deparar-se com problemas inéditos. Entre eles o facto de passarem a ser avaliadas tanto por fatores tangíveis como por aqueles que o não são como o conhecimento detido pelo seu capital humano, a capacidade de inovar e a rapidez de adaptação e de resposta às mudanças dos mercados onde operam.
O eixo da riqueza desloca-se, dos fatores clássicos de produção: terra, trabalho, capital para um fator emergente: o conhecimento, e com ele as pessoas, o tempo e a criação de valor tornaram-se as variáveis centrais para a vida organizacional.
A relativa estabilidade que os mercados até aí viviam, com ciclos de vida de produtos longos e competitividade mais ou menos equilibrada, tornou-se obsoleta. As caraterísticas que passaram a definir os mercados foram a desordem, a turbulência e a mudança constante. Em face desta nova paisagem competitiva tornou-se essencial para as organizações adotarem novas formas de lidar com os problemas diários.
Naquela a que Drucker chamou a Era do Conhecimento, a procura da vantagem competitiva que permita a uma organização sustentabilidade ao longo do tempo tornou-se uma constante no dia-a-dia organizacional. Os intangíveis, que historicamente têm sido tratados como valores residuais que não têm representatividade, quer no sistema financeiro das empresas quer no impacto da riqueza nacional, tornam-se fatores decisivos através dos quais o valor das empresas é medido. Logo, é de extrema importância para as empresas alavancar os seus recursos humanos. São eles, afinal, os detentores do conhecimento que fazem parte de cada organização e que constituem a sua identidade, aquilo que a diferencia das outras.
Neste cenário, o planeamento estratégico começa a ganhar novos contornos, trazendo para o centro das suas preocupações o facto de ser essencial trazer para dentro das empresas as pessoas que comportem as competências e conhecimentos alinhados com as necessidades estratégicas da organização.
Com este intuito, a gestão estratégica começa a procurar novas ferramentas que lhes permitam esse empowerment dos seus colaboradores, e a utilizar as políticas de recursos humanos de uma forma diferente, procurando com elas conseguir a criação de valor que alimenta a competitividade necessária à sobrevivência.
Importa, então, analisar e refletir sobre casos em que estas ferramentas são utilizadas como um fator de inovação por organizações de referência no campo de políticas de gestão de pessoas. No presente estudo, a partir de uma metodologia qualitativa - analise documental e analise de entrevista através do software NVivo, pretende-se perceber como o Recrutamento & Seleção está a ser utilizado no Corte Inglês enquanto ferramenta da gestão estratégica, ajudando, num ciclo constante, a manter disponíveis as pessoas que lhes permitam dar resposta quer às necessidades estratégicas quer às mais operacionais, mantendo os seus recursos humanos num nível de relativa estabilidade que lhes permita desenvolver um trabalho de valor acrescentado para a empresa e, por sua vez, desta para o mercado.
Description
Keywords
Planeamento Estratégico Gestão de Recursos Humanos Recrutamento Seleção