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Motivação intrínseca no processo de ensino/aprendizagem

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O presente Relatório Final retrata uma Prática de Ensino Supervisionada em 1º Ciclo do Ensino Básico, numa turma de 2.º ano e reporta o estudo realizado a partir desse contexto, que se centrou no tema da motivação intrínseca dos alunos. Resistindo a considerar utópica a motivação intrínseca para as aprendizagens e contrariando aqueles que afirmam ser um fenómeno raro no contexto escolar, este estudo teve como principal intuito compreender e identificar as manifestações de autêntica motivação intrínseca dos alunos por aprender e possíveis fatores que a gerem. Por se crer que a motivação intrínseca é condição sine qua non para um processo de ensino/aprendizagem efetivamente mais bem-sucedido, este estudo pretende mostrar, não só o valor e a inegável influência da motivação intrínseca nesse processo, bem como no desempenho/rendimento escolar dos discentes. Do interesse da investigadora, do fundamento referente à educação que lhe foi transmitida e s inquietações muito próximas dos estágios e unidades curriculares realizadas no seu percurso formativo, emergiram duas questões fundamentais: Quais os comportamentos dos alunos que são manifestações de uma autêntica motivação intrínseca por aprender?; Quais os comportamentos do professor, que revelam ser geradores de uma autêntica motivação intrínseca dos alunos para a aprendizagem? Suportada numa referenciação teórica precisa para conduzir o percurso da investigação, a pesquisa, seguindo um cariz metodológico qualitativo com abordagem multimetodológica, serviu-se de três recursos primordiais de recolha de informação: diários de campo, entrevistas semiestruturadas aos alunos e inquéritos por questionário dirigidos aos professores. Entre os diversos estudos teóricos, foi dada especial atenção à Teoria da Autodeterminação, de Deci e Ryan (1985), nomeadamente enquanto sugere que todo o ser humano possui um desejo para aprender desde que nasce e que esse desejo é mantido caso haja satisfação das suas necessidades psicológicas básicas - autonomia, competência e pertencer ou estabelecer vínculos. A análise dos dados recolhidos, interpretados à luz do referencial teórico, permitiu concluir que o docente é capaz de gerar uma autêntica motivação intrínseca nos alunos para aprender, adotando determinadas estratégias que procurem afetar ou ativar o sistema de necessidades do aluno, que desenvolvam e que orientem e facilitem o exercício das capacidades dos alunos. Encontrámos também a possibilidade de agruparmos os diversos fatores geradores de motivação intrínseca nos alunos para aprender em dois grupos: tornando as aulas mais “atrativas” para os alunos ou tornando os alunos mais “atraídos” para as aulas, através de diversos fatores. Do mesmo modo, propõe-se promover uma motivação intrínseca através do reconhecimento das manifestações de motivação intrínseca dos alunos. Para o efeito, foram destacadas algumas dessas manifestações que se referem ao efeito/impacto que as disciplinas (elencadas como preferidas nas entrevistas) têm nos alunos, isto é, referentes ao bem que essa disciplina “cria” nos alunos, bem como manifestações que se referem ao bem que se “encontra” nas disciplinas. As manifestações foram categorizadas em dois grupos: manifestações declaradas de motivação intrínseca e manifestações sintomáticas de motivação intrínseca.

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Ensino Básico Processo Ensino-Aprendizagem Motiva Intrínseca Motivação Extrínseca

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