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Abstract(s)
Esta dissertação versa sobre as manifestações da cultura visual e do design português
contemporâneo que, na medida em que se apropriam de expressões regionais, registos
etnográficos, tradições culturais ou imagens de um passado representativo, revelam
evidentes traços identitários que são reinterpretados e recriados.
Parece existir hoje, no design português contemporâneo, uma clara tendência para
assumir com orgulho que existe tal coisa como uma identidade cultural nacional, agora
liberta do carácter propagandístico que a ditadura de Salazar lhe impôs e também do
medo de existir (Gil, 2004) que lhe condicionou a expressão até ao final do século XX.
Esta tendência é naturalmente reflexo da crescente emergência de expressões locais a
nível global, que contraria (ou antes combate, face à ameaça da equalização, da
anulação da alteridade, da submissão) a tese hegemónica da globalização a que a ordem
económica aparentemente condenou o mundo contemporâneo.
É da conjugação da nostalgia de tempo e de lugar que resulta o crescente interesse
pelos produtos e imagens da tradição, pelos seus objectos mas sobretudo pelos seus
contextos, que se procuram fazer resistir à erosão sócio-económica provocada pela
lógica corporativa multinacional.
O objectivo deste trabalho é assim o de identificar, mapear e interpretar expressões de
glocalidade, na tentativa de contribuir para a caracterização e compreensão desta
tendência no design e cultura visual portuguesa contemporânea.
Description
Keywords
Traição Contemporaneidade Glocalização Identidade Design Portugal