IPC - ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra
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Browsing IPC - ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra by Subject "2,4,6-tricloroanisol"
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- Desenvolvimento de um sistema de qualificação de TCA em solução aquosa por voltametriaPublication . Freitas, Ana Patrícia Almeida; Castro, Luís Miguel Moura Neves de; Veloso, Ana Cristina Araújo; Peres, António Manuel Coelho Lino; Dias, Luís Avelino GuimarãesA garantia da qualidade de produtos alimentares constitui um requisito fundamental no setor alimentar pelo que, na última década se tem assistido à intensificação do desenvolvimento e otimização de processos de controlo. O setor vinícola, em particular, tem essa permanente preocupação em relação à presença de contaminantes que possam conferir ao vinho outras características organoléticas consideradas como defeitos, nomeadamente, o 2,4,6-tricloroanisol (TCA). A presença de TCA no vinho, atribuída à migração a partir de rolhas de cortiça contaminadas com TCA, tem sido apontada como responsável pela ocorrência do referido defeito organolético do vinho, conhecido como “cheiro/gosto a mofo” ou “gosto a rolha”, o qual tem levado a perdas económicas bastante elevadas no setor vinícola mundial. O limite humano para a sua deteção sensorial é inferior a 5 ng/L, pelo que uma concentração reduzida de TCA no vinho é facilmente detetada pelo consumidor. Por este motivo, é de grande relevância para a indústria corticeira, nomeadamente para a indústria de produção de rolhas de cortiça para o engarrafamento de vinho, conseguir identificar a presença deste composto na rolha antes da sua utilização ou ainda nas pranchas de cortiça usadas na produção de rolhas, de modo a poderem ser implementadas medidas corretivas que permitam eliminar ou reduzir o teor de TCA nas mesmas, evitando assim a contaminação futura do vinho engarrafado. Diversas técnicas são utilizadas para detetar a presença do TCA no vinho ou em rolhas, sendo de especial relevância as baseadas em cromatografia gasosa com deteção por espectrometria de massa. Contudo, estas técnicas analíticas capazes de detetar e quantificar níveis de TCA da ordem dos ng/L, são em geral dispendiosas, requerendo equipamentos analíticos caros e pessoal técnico altamente qualificado, não sendo portáteis e por isso dificilmente aplicáveis in-situ, necessitando de um pré-tratamento das amostras complexo com a finalidade de extrair o TCA e concentrá-lo para posterior quantificação. Assim, este procedimento de deteção de TCA, tido como método de referência, não é uma solução economicamente viável para grande parte das pequenas e médias empresas corticeiras, sendo apenas aplicável a um reduzido número de amostras, o que limita a real deteção de contaminações de TCA na cortiça e nas rolhas fabricadas. Neste trabalho, utilizou-se a técnica de voltametria cíclica para detetar TCA na água de cozedura de pranchas de cortiça utilizadas para a produção de rolhas para engarrafamento de vinho. As análises foram realizadas à temperatura ambiente, em menos de 15 minutos, com reduzido uso de solventes orgânicos e sem qualquer pré-tratamento da amostra. A técnica proposta apresenta limites de deteção de 0,31 0,01 ng/L e de quantificação de 0,95 0,05 ng/L inferiores ao limiar de deteção humano. Ensaios realizados em soluções não contaminadas com TCA permitiram quantificar uma concentração de TCA da ordem do referido limite de quantificação (1,0 0,2 ng/L), o que confirma o desempenho satisfatório da metodologia proposta. Por outro lado, o método apresentou uma repetibilidade satisfatória (valores inferiores a 3%) quando aplicado a amostras reais de água de cozedura das pranchas de cortiça obtidas no processo industrial de produção de rolhas. Verificou-se ainda que os teores de TCA nas amostras aquosas determinados pela técnica proposta são concordantes com os obtidos por GC-MS (coeficiente de correlação igual a 0,98), o que confirma a precisão satisfatória da metodologia proposta. Assim, uma vez que esta nova abordagem é um método rápido, de baixo custo, portátil e de fácil utilização, pode ser visto como uma ferramenta alternativa e útil para aplicações industriais in-situ, permitindo a deteção de TCA numa fase inicial da produção de rolhas de cortiça. Esta técnica pode contribuir para a implementação mais eficaz de procedimentos de segregação da cortiça contaminada com o intuito de reduzir ou evitar futuras contaminações de vinho engarrafado com TCA.
- Determinação de 2,4,6-tricloroanisol na água de cozedura da cortiça por voltametriaPublication . Salavessa, Mónica Alexandra Nogueira; Veloso, Ana Cristina Araújo; Castro, Luís Miguel Moura Neves deA cortiça é uma matéria-prima natural com grande importância para a indústria portuguesa. Os grandes aspetos que tornam este material tão atrativo são não só, o facto de este ser renovável e sustentável, mas também devido à sua estrutura alveolar que lhe atribuem caraterísticas únicas, como a sua leveza. Grande parte da cortiça produzida pela indústria destina-se ao fabrico de vedantes para produtos vinícolas, tendo nos últimos anos vindo a perder popularidade, devido a problemas de contaminação. A situação mais comum e que causa maior prejuízo é o denominado de “gosto a rolha”, estando extremamente associado ao composto 2,4,6-tricloroanisol, mais conhecido por TCA. O TCA é um metabolito fúngico com odor a mofo que se forma através da biometilação do 2,4,6-triclorofenol (TCP). Este haloanisol é quimicamente estável e não se degrada significativamente no tempo, sendo o seu limite sensorial na ordem dos 1,4-4,6 ppt. Assim, torna-se de extrema importância conhecer e saber detetar haloanisóis, mais concretamente o TCA. Diversas técnicas têm vindo a ser desenvolvidas nos últimos anos, sendo a mais utilizada a cromatografia gasosa com deteção por espectrometria de massa. Embora esta técnica consiga detetar TCA em concentrações bastante baixas, abarca várias desvantagens como a utilização de equipamento dispendioso e não portátil, a necessidade de pessoal técnico qualificado ou o elevado tempo na obtenção de resultados. Estas desvantagens, levaram à colocação da hipótese da voltametria como técnica de análise do TCA, pois permite a análise em pouco minutos, in-situ e de uma forma simples sem recorrer a grandes quantidades de solventes. Este trabalho teve como objetivo validar um método de voltametria de onda quadrada para analisar TCA na água de cozedura da cortiça. Durante a determinação da curva de calibração obtiveram-se coeficientes de correlação satisfatórios (entre 79% e 94%). Os valores dos LD’s e LQ’s rondaram os 1,6x10-5 ppt e 4,7x10-5 ppt, respetivamente. Contudo, os resultados obtidos nos estudos de precisão e de exatidão do método indicam que esses valores não devem ser considerados. Durante o trabalho de validação foram-se analisando alguns parâmetros que poderiam interferir nas análises ou que se poderiam otimizar. Dentro de vários aspetos, a limpeza dos elétrodos e a temperatura da solução foram os que mostraram maior importância e que deveriam ser controlados. Assim, pode-se concluir que a técnica de voltametria de onda quadrada não é a melhor técnica para a determinação de TCA na água de cozedura na forma como o método foi desenvolvido, apesar de segundo a bibliografia ser uma técnica bastante sensível (Souza, et al., 2002).
