Ribeiro, TeresaLucas, IsabelVieira da Silva, CláudiaCruz, C.Espinheira, Rosa2023-03-132023-03-132004-11-12http://hdl.handle.net/10400.26/44083Poster apresentado no 3º congresso Nacional de Medicina Legal, 2004, Porto, PortugalNa identificação genética de restos cadavéricos humanos é fundamental a selecção do material biológico a submeter à análise genética, revestindo se de importância relevante a escolha das amostras mais adequadas ao estado dos restos cadavéricos A capacidade de estudar o ADN pela técnica de PCR (polimerase chain reaction) permite analisar quantidades de ADN reduzidas, isoladas a partir de dentes e de fragmentos ósseos, bem como a partir de unhas, contudo, o problema que surge quando se trabalha com ADN destas amostras è a degradação da cadeia de ADN que ocorre após a morte, a própria contaminação por ADN microbiano e/ou a presença de inibidores da PCR, Verificou se que dos 4306 indivíduos estudados em polimorfismos de ADN, pertencentes a exames forenses no âmbito do foro cível, 67 eram indivíduos cadáveres, que necessitaram de esclarecimento da sua identidade ou que eram intervenientes em exames de investigação biológica de filiação e para tal houve necessidade de recorrer a exumação. Em 73 destes indivíduos não foi possível trabalhar com amostras de sangue porque o estado do cadáver não o permitia Em alternativa, o estudo do perfil genético recaiu sobre outro material biológico disponível Os perfis genéticos de 5 indivíduos foram estudados a partir de unhas, comparados com dentes e/ou ossos do próprio e identificados por análise comparativa com os perfis dos supostos familiares.A identificação, pelas unhas, foi possível em 4 das 5 vítimas estudadas O facto de não ter sido possível obter um perfil genético num dos casos, pode dever se, provavelmente, à permanência do cadáver em água salgada (caso 2 Nos dentes, foram obtidos resultados porque a dentina e o esmalte protegem a polpa, constituída por grande densidade celular e deste modo, a recuperação do ADN é maior As unhas oferecem uma oportunidade para identificar cadáveres, por análise genética comparativa com supostos familiares, contudo há que ter em atenção que a taxa de sucesso dos resultados depende do tipo de material biológico, do estado de cadáver, do local em que o mesmo foi encontrado, do intervalo post mortem 4 Por outro lado, verificou se que, em alguns casos, os fragmentos amplificados de maiores dimensões são mais difíceis de detectar do que os de menores dimensões (caso 3 podendo este facto ser devido à molécula de ADN estar parcialmente fragmentada A metodologia de extracção de ADN das unhas torna se vantajosa relativamente à usada para os dentes e ossos Antes de se proceder à digestão proteolitica, os ossos são laminados com auxilio de serra eléctrica, em finíssimas lascas, e posteriormente reduzidos a pó por acção de azoto líquido, num criotriturador 6750 freezer mill No caso dos dentes, o procedimento é semelhante não havendo contudo necessidade de utilizar a serra Relativamente às unhas o procedimento inicia se com a digestão proteolitica, logo após a desinfecção inicial Deste modo, o protocolo de extracção de ADN das unhas torna se mais rápido e menos dispendioso Além disso a manipulação do azoto líquido acarreta riscos para o técnico uma vez que se trata de um gás inodoro e liquefeito a uma temperatura de 210 ºC, provocando acidentalmente queimaduras graves, e intoxicação sem que possam ser perceptíveis. As unhas são um meio alternativo para a identificação genética, contudo o perito médico legal deverá ter em consideração que para além das unhas deve colher outro tipo de amostra biológicaporIdentificação cadavéricaSTR profileDNA degradadoUnhas : uma alternativa para Identificação Humanaconference object