Pouca, António2024-12-202024-12-202024-11http://hdl.handle.net/10400.26/53283Enquadramento: Estudos indicam que uma porção significativa das informações fornecidas aos doentes e suas famílias, durante o período de consulta, são esquecidas imediatamente, como uma parcela substancial das informações retidas estão incorretas. A comunicação eficaz em saúde desempenha um papel crítico na capacitação das pessoas com doença crónica, influenciando a perceção da qualidade dos cuidados, facilitando a transição saúde-doença e promovendo a adesão ao regime de tratamento. Objetivo: Mapear a evidência científica existente sobre as técnicas de comunicação em saúde utilizadas pelos enfermeiros na capacitação da pessoa com doença crónica. Metodologia: Realizada scoping review conforme metodologia do Joanna Briggs Institute, guiada pela mnemónica PCC (População, Conceito e Contexto). Foi desenvolvida uma frase booleana para direcionar a pesquisa nas diversas bases de dados. Os estudos selecionados foram analisados na plataforma Rayyan® por revisores independentes, que avaliaram a relevância, extraíram e sintetizaram os dados. Uma tabela síntese foi elaborada. Resultados: Após remoção de duplicados, triagem por título e resumo, leitura completa e análise das referências, 12 artigos foram incluídos na revisão. As técnicas de comunicação em saúde identificadas foram: teach-back, comunicação focada na construção de uma parceria, chunk and check, comunicação focada na solução e promoção do uso de questões. Conclusão: Os enfermeiros frequentemente dedicam tempo insuficiente à aplicação de técnicas de comunicação e estratégias motivacionais, o que pode resultar num ambiente que não favorece a participação ativa das pessoas. Embora o uso isolado dessas técnicas contribua para a capacitação e retenção das informações, a combinação com estratégias complementares como material informativo, sessões de grupo e agendamento mais frequente de consultas pode melhorar significativamente os resultados em saúde. A revisão apresenta limitações, incluindo a escassez de evidência sobre algumas técnicas de comunicação, o que impede a avaliação concreta de sua pertinência na capacitação de doentes crónicos. Recomenda-se que estudos futuros ou programas de acompanhamento relatem detalhadamente as técnicas de comunicação utilizadas enriquecer a compreensão nessa área.porEnfermagemDoença CrónicaComunicação em SaúdeEducação em Saúdeother