Morais, Henrique2025-09-162025-09-162025-09-122025-09-16http://hdl.handle.net/10400.26/58673A presente dissertação examina os impactos da estagnação secular nas políticas financeiras das empresas, numa conjuntura marcada por um crescimento económico reduzido e taxas de juro historicamente baixas durante um período prolongado. Partindo de uma revisão teórica que integra os contributos de Hansen, Summers e outros estudos económicos contemporâneos, o trabalho aprofunda o modo como este fenómeno condiciona as decisões estratégicas no domínio da gestão financeira. A investigação adota uma abordagem qualitativa, assente na análise de quatro empresas europeias representativas de diferentes sectores – Siemens AG, Allianz SE, SAP SE e BNP Paribas – o que permite aferir as principais tendências e ajustamentos adotados. Entre os aspetos mais relevantes destacam-se a reconfiguração da estrutura de capital, a contenção nos investimentos a longo prazo, a valorização da liquidez como ativo estratégico e a preferência por estratégias conservadoras de distribuição de resultados. A estagnação secular revela-se, assim, um fator estruturante da prudência financeira, originando uma redefinição dos objetivos empresariais, que evoluem de uma lógica de expansão acelerada para uma orientação assente na resiliência sustentada. Embora o presente trabalho contribua para a compreensão das respostas empresariais em contextos de crescimento limitado, importa reconhecer algumas limitações, nomeadamente o número reduzido de casos analisados. Neste enquadramento, sugere-se que futuras investigações possam considerar o recurso a metodologias quantitativas e a inclusão de empresas de menor dimensão e inseridas em diferentes realidades geográficas.porestagnação secularestratégia financeiraliquidezestrutura de capitalgestão empresarialA estagnação secular e os seus impactos nas políticas financeiras das empresasmaster thesis204000220