Fernandes, José Pedro Teixeira2011-09-142011-09-1420050870-757Xhttp://hdl.handle.net/10400.26/1144A violência das guerras da ex-Jugoslávia nos anos 90 do século XX e a complexidade étnico- -religiosa das suas populações, mostraram a existência de uma Jugoslávia e de uns Balcãs num registo histórico bastante diferente da island of peace da União Europeia. Na maioria das análises efectuadas pelos media e pelos académicos das Relações Internacionais prevaleceu uma tendência para leituras a-históricas ou interpretações à luz da actual história europeia/ocidental, pouco esclarecedoras sobre as raízes mais profundas desses conflitos. Um dos aspectos mais surpreendentemente negligenciado foi o das implicações das instituições sociais e religiosas e da governação política otomana, na realidade dos países balcânicos do século XX. Assim, neste artigo, o autor analisa os principais traços do «cunho otomano» que moldou os Balcãs durante quase meio milénio, com especial destaque para o sistema de governação dos millet e o estatuto dos dhimmi e as consequências sociais e políticas que daí resultaram para esta região da Europa.porRelações internacionaisImpério OtomanoConflitosGrupos étnicosViolênciaReligiãoGovernaçãoSociedadeHistóriaBalcãsEx-JugosláviaPós-guerra friaA memória otomana nos conflitos nos Balcâsjournal article