Pereira, Alves2016-03-092016-03-092001http://hdl.handle.net/10400.26/11937A Globalização é inevitável e irreversível. A constante marcha em frente da tecnologia a isso conduz. Os governos já não podem controlar o fluxo de informação, o capital já não pode ser mantido no interior das fronteiras. No entanto, isto não implica que o Estado-Nação e os seus valores intrínsecos estejam prestes a desaparecer. Como defende o General Valença Pinto, “o Estado-Nação não está em crise, pois de outra forma não se justificam todos os movimentos nacionalistas que têm emergido. Assim o que está em crise ou modificação, é o Estado-Soberano na medida em que aceita partilhar poder e soberania na ordem externa.” Os Estados continuarão a responder à globalização de diferentes formas e o modo como respondem determinará o seu sucesso ou falhanço. Relativamente à forma como os pequenos Estados deverão fazer valer os seus interesses num sistema internacional marcado pela globalização, apresentam-se as teses de vários analistas, sendo de salientar o conceito do Prof. Adriano Moreira de “soberania de serviço”. Efectivamente, com o fim da II Guerra Mundial iniciou-se a internacionalização das políticas dos Estados, com a criação de instituições globais como, por exemplo, a ONU. Por outro lado, o crescimento de instituições regionais encoraja a “desnacionalização”2 das políticas nacionais, sendo a União Europeia considerada, pela maioria dos analistas, como o expoente máximo da transnacionalização das políticas. Sendo o teor do presente trabalho “A Globalização e o Futuro da Europa na Perspectiva do Interesse dos Pequenos Estados”, torna-se necessário procurar perspectivar o futuro da União Europeia, entendida como o quadro de referência do futuro desta região. Dado que “o futuro só a Deus pertence” e o poder dos Pequenos Estados Europeus para exercerem influência no desenvolvimento do sistema Europeu é limitado, resolvemos adoptar o modelo da cenarização, o qual permite identificar desenvolvimentos mais ou menos favoráveis ao interesse destes Estados. Ao analisarmos as opções de estratégia política disponíveis para a política externa dos Pequenos Estados Europeus e, designadamente, de Portugal, não pretendemos fornecer respostas definitivas mas, pelo contrário, pretendemos definir um quadro de referência para o debate da posição dos Pequenos Estados Europeus - e de Portugal - na Europa e no mundo. Acima de tudo, através da cenarização pretendemos guiar a discussão sobre a política externa de Portugal e focarmo-nos mais precisamente no conjunto de alternativas com que Portugal se defronta. Finalmente, no último capítulo do trabalho procurámos, com base nas opiniões de personalidades nacionais em diversos domínios como o militar, o político e o económico, analisar as diversas opções que se colocam ao nosso país na defesa do interesse nacional, no âmbito do processo de integração Europeu, o qual, por sua vez, se insere num sistema internacional globalizado.porGlobalizaçãoEuropaPequenos EstadosA globalização e o futuro da Europa na perspectiva do interesse dos pequenos Estadosother