Costa, António FirminoPegado, Elsa2018-01-192018-01-192017-03http://hdl.handle.net/10400.26/20638Esta tese desenvolve-se em torno da temática das medicinas complementares e alternativas (MCA) em Portugal, mais concretamente sobre o recurso dos indivíduos às respetivas terapias. Por MCA entendemos um conjunto diversificado de terapias ou práticas terapêuticas que têm em comum o facto de se demarcarem da chamada medicina convencional e de proclamarem a posse de um corpo de saberes mais ou menos sistematizado sobre a saúde e a doença orientador das práticas terapêuticas. Embora tenham vindo a assumir, nas últimas décadas, uma visibilidade social crescente, em Portugal o conhecimento sociológico sobre a matéria é escasso. Os resultados da pesquisa contribuem para o avanço desse conhecimento em três níveis. Primeiro, a reconstituição do contexto em que a procura das MCA ocorre, isto é, como se estrutura o campo no país, em termos de regulamentação, oferta de cuidados terapêuticos, ensino e formação. Segundo, a caracterização das regularidades sociais na utilização destas medicinas, através de uma sociografia dos utilizadores e da exploração dos padrões sociais de recurso. Terceiro, a demonstração da diversidade de práticas e lógicas sociais no envolvimento com as MCA, através da construção de uma tipologia de quatro modos de relação com as MCA – convicção, ecletismo, experimentalismo e complacência –, constituídos ao longo de trajetórias terapêuticas também diversas. Adotámos uma estratégia de investigação plurimetodológica, que combinou procedimentos de tipo extensivo-quantitativo com procedimentos de tipo intensivo-qualitativo, designadamente: análise documental; inquéritos por questionário e entrevistas semi-diretivas.porMedicinas Complementares e AlternativasSaúdeMedicinaTrajetórias terapêuticasRecurso às Medicinas Complementares e Alternativas: padrões sociais e trajetórias terapêuticasother