Laranjeira, NunoColaço, Maria Inês Sampaio da Silva de Brito2019-12-192019-12-192019-11http://hdl.handle.net/10400.26/30616Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas MonizO autismo faz parte de um grupo de anomalias do desenvolvimento – Perturbações do Espetro do Autismo (PEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as PEA referem-se a um conjunto de condições definidas por algum tipo de comprometimento no comportamento social, na linguagem e na comunicação, e por um leque restrito de interesses e atividades, realizadas de forma repetitiva. Por vezes, são portadores de dificuldades motoras. A complexidade das características intrínsecas a estas anomalias influenciam o grau de dificuldade das consultas de Medicina Dentária, que se tornam altamente desafiantes. Atualmente, existe uma enorme controvérsia relativa à prevalência de lesões de cárie em crianças com PEA. Contudo, existem fatores de risco associados a esta patologia, como deficiências motoras que dificultam o processo de escovagem dentária. A preferência clara por alimentos cariogénicos e a diminuição de fluxo salivar, inerente à administração de fármacos, poderão contribuir para um aumento de lesões de cárie e higiene oral deficiente nestas crianças. Assim, é essencial apostar na prevenção, na atuação precoce e na alteração de rotinas, através da implementação de hábitos saudáveis. As crianças com PEA representam um grande desafio na consulta de Medicina Dentária. Tal deve-se não só à imprevisibilidade dos comportamentos que apresentam, mas também ao grau de stress e ansiedade a que estão sujeitas durante a consulta. Os profissionais deverão possuir formação acerca dos comportamentos típicos destas crianças e das melhores formas de atuação, tendo a capacidade de adaptar a consulta às suas peculiaridades. A falta de conhecimento nesta área ou a ausência de experiência clínica torna o atendimento a crianças com PEA extremamente difícil. A prestação adequada de cuidados de saúde oral deverá ser uma prioridade para os Médicos Dentistas. Infelizmente, existem ainda poucos profissionais capazes de dar resposta às necessidades médico-dentárias destes pacientes. É essencial investir na formação contínua dos Médicos Dentistas de forma a que estes tenham capacidade de agir rápida e eficazmente no atendimento de crianças com necessidades especiais de educação.porPerturbação do espetro do autismoTécnicas de controlo comportamentalSaúde oralOdontopediatria especialAbordagem em consulta de medicina dentária a pacientes com espetro de autismomaster thesis202334627