Moita, PedroRodrigues, Pedro Miguel Neves2025-08-132025-08-132025-06-03http://hdl.handle.net/10400.26/58409A sinistralidade rodoviária continua a ser um problema grave em Portugal, com elevados custos humanos e socioeconómicos. Apesar da adoção de estratégias como a “Visão Zero 2030”, os objetivos de redução de vítimas não têm sido plenamente alcançados, exigindo abordagens mais integradas, especialmente em contextos urbanos como Lisboa. A presente investigação analisou o potencial da colaboração entre as Forças de Segurança (FS), neste caso a Polícia de Segurança Pública (PSP), e o Poder Local no planeamento urbano para a prevenção da sinistralidade. Através de uma abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas a oficiais da PSP, da Polícia Municipal de Lisboa (PML), e funcionários da Câmara Municipal de Lisboa (CML) que desempenham funções na área do planeamento urbano, explorando perceções, obstáculos e oportunidades dessa articulação. Os resultados revelam que a Polícia pode contribuir com conhecimento prático do terreno, identificação de zonas de risco e dados relevantes para fundamentar decisões. Contudo, a colaboração é ainda incipiente, dificultada por barreiras institucionais, culturais e operacionais, como a falta de formação, de canais formais de comunicação e de recursos humanos dedicados. Conclui-se que a colaboração é viável e desejável, mas requer investimento estratégico para se tornar eficaz.Road accidents continue to be a serious problem in Portugal, with high human and socio economic costs. Despite the adoption of strategies such as “Vision Zero 2030”, the objectives of reducing casualties have not been fully achieved, requiring more integrated approaches, especially in urban contexts such as Lisbon. This research analyzed the potential of collaboration between the Security Forces (SF), in this case the Public Security Police (PSP), and Local Authorities in urban planning to prevent accidents. Using a qualitative approach, interviews were conducted with officers from the PSP, the Lisbon Municipal Police (PML), and officials from Lisbon City Council (CML) who work in the area of urban planning, exploring perceptions, obstacles and opportunities of this articulation. The results show that the police can contribute with practical knowledge of the terrain, identification of risk zones and relevant data on which to base decisions. However, collaboration is still in its infancy, hampered by institutional, cultural and operational barriers, such as a lack of training, formal communication channels and dedicated human resources. The conclusion is that collaboration is feasible and desirable, but requires strategic investment to become effective.porcolaboração interinstitucionalplaneamento urbanosegurança rodoviáriaroad safetyurban planninginter-institutional collaborationPlaneamento urbano e segurança rodoviária em Lisboa: uma colaboração entre a polícia e o poder localmaster thesis203966554