Brito, Irma da SilvaFerreira, Márcia Andreia Fontes2019-06-272019-06-272010-06-22http://hdl.handle.net/10400.26/29096Apesar de todos os avanços científicos e tecnológicos, as IST's continuam a ser um grave problema de saúde pública, quer a nível nacional como no mundo. Os ambientes recreativos facilitam o conhecimento de parceiros sexuais e falhas na adesão a medidas de protecção sexual. Este estudo descritivo-correlacional pretendeu investigar quais os factores determinantes da não adesão às medidas de protecção sexual, por parte dos estudantes do ensino superior frequentadores de festas académicas uma vez que a transmissão de IST's tem aumentado e a prevalência do uso consistente do preservativo está muito aquém do esperado. Para responder à questão de investigação foram analisados os factores determinantes da adesão ou da não adesão às medidas de protecção, pelos estudantes do ensino superior: as características individuais (género, idade, curso que frequenta, número de matrículas e festas frequentadas), padrão de consumo de bebidas alcoólicas em contexto recreativo (alcoolemia, frequência de noites em que ficou embriagado e dinheiro gasto por noite), auto-percepção do risco e embaraço ligado ao uso de preservativo (Escala do Embaraço Ligado ao Uso do Preservativo de Vail-Smith & Durham (1992), aferida e testada para português por OLiveira et al (2006). Participaram 572 estudantes do ensino superior, frequentadores da Queima das Fitas de Coimbra, que responderam a um formulário durante o aconselhamento par a par do projecto Antes que te Queimes. Com média de idades de 21.4+- 2.6 anos, 60.3% (343) são do sexo masculino e 39.7% (227) são do sexo feminino. Das principais conclusões deste estudo emerge que os estudantes que mais gastam são os que mais bebem e os que mais bebem são os que mas frequentam as festas e mais fazem sexo desprotegido com mais parceiros e sob o efeito do álcool. São, també, estes que referem já mais terem utilizado o preservativo (de forma inconsciente) e que apresentam maior auto-percepção do risco (que parece não ser suficiente, por si só, para alterar os comportamentos). Os resultados permitem concluir que o género, a idade, o número de festas frequentadas, o número de matrículas, a existência de auto-percepção do risco, o embaraço na negociação e utilização do preservativo e o padrão de consumo na festa (sobretudo elevaado níveis de alcoolemia, proporção de noites em que ficou embriagado na última festa académica e gasto por noite) são determinantes da não adesão às medidas de protecção sexual, nos estudantes do ensino superior frequentadores de festas académicas.porEstudante do Ensino SuperiorAdesão às Medidas de Protecção SexualPadrão de Consumo de ÁlcoolEmbaraço no Uso do PreservativoComportamentos Sexuais de Risco do Jovem Adulto em Ambiente Recreativomaster thesis