Custódio, Pedro Balaus2023-10-132023-10-132012http://hdl.handle.net/10400.26/47240As atividades de leitura na sala de aula são reguladas pelos documentos programáticos que, para além de prescreverem os corpora de textos objeto de estudo, determinam as formas como eles devem fomentar diferentes competências de leitura e transmitir marcas de identidades históricas, culturais e literárias. No caso específico do 3º ciclo do Ensino Básico esse corpus está balizado pelas orientações contidas no programa, enquanto nos 1º e 2º Ciclos, essas sugestões são vertidas, entre outras fontes, a partir do acervo do Plano Nacional de Leitura. Todavia, os materiais didáticos que suportam o desenvolvimento das competências de leitura colocam em cena outros textos que ultrapassam as fronteiras do literário. A reflexão que propomos centra-se, exatamente, nestes dois aspetos: Serão todos os textos igualmente significativos para o desenvolvimento das competências neste âmbito, ou convirá lançar mão de dispositivos rigorosos de aferição e de triagem didática, uma vez que cada um deles cumpre um papel específico no seio das aprendizagens? A questão seguinte é, também ela, relevante, e prende-se com as diferenças entre as leituras escolarizadas e aquelas que, praticadas pelos alunos fora do campo pedagógico, entram numa esfera pessoal. Deverá essa leitura recreativa ser também orientada ou deveremos deixar aos alunos, sobretudo dos 2º e 3º ciclos de ensino, uma irrestrita liberdade de escolha? Atendendo a que cada texto proporciona horizontes de expectativas próprias e singulares, permitindo, por isso, oportunidades distintas de desenvolvimento de conhecimentos, competências e visões do mundo, deverão todos os textos serem objeto de leitura? Todos os textos serão, pois, bons textos?porExperiências significativas de leitura no 2º CEB : representatividade e qualidade dos textos literáriosjournal article