Cruz, António JoãoFerreira, ElisabeteLauw, AlexandraRego, CarlaPereira, Helena2024-01-152024-01-152020-06-25http://hdl.handle.net/10400.26/48963As duas pinturas, representando Santa Luzia e o Martírio de São Sebastião, feitas por Belchior de Matos (c. 1570-1628) para uma pequena ermida de Peniche, no início do século XVII, têm suportes de madeira que as primeiras observações, realizadas no âmbito de uma intervenção de conservação e restauro, sugeriram ter excelente qualidade e influências de construção que contrastam com o que seria expectável numa encomenda menor de um modesto e mal pago artista de província. Por isso, com o objetivo de aprofundar o caso e contribuir para o conhecimento das pequenas oficinas regionais de pintura do período maneirista, foi feito um estudo pormenorizado desses suportes, incluindo a moldura e a camada de preparação, com recurso a métodos laboratoriais (observação com lupa binocular, fotografia, dendrocronologia, microscopia óptica e FTIR). Concluiu-se, efetivamente, que os painéis mostram que as oficinas regionais de pintura, ao contrário do que se poderia prever, não funcionavam necessariamente isoladas e fechadas sobre si próprias e podiam ter um diversificado conhecimento técnico que, além de soluções originais, envolvia práticas com diferentes origens geográficas, do norte ao sul da Europa, que, com mais estudos de casos, importa esclarecer até que ponto estavam ou não consolidadas em Portugal.porpinturasuporte de madeiracarvalho do Bálticotradições técnicasinfluências técnicasOficinas regionais, influências de muitas e desvairadas partes: o caso dos suportes de madeira das pinturas maneiristas de Belchior de Matos da ermida de Geraldes (Peniche, Portugal)journal article2024-01-15cv-prod-246329210.37558/gec.v17i1.7002-s2.0-85095957385