Ferreira, MafaldaDias, Joana Ribeiro2025-11-242025-11-242025-10-24http://hdl.handle.net/10400.26/59965O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre a utilização das redes sociais e a literacia em saúde mental dos estudantes do ensino superior, considerando três dimensões: conhecimento, estigma e procura de ajuda. Através de um inquérito aplicado a uma amostra de 298 estudantes portugueses, foram analisados fatores como as plataformas utilizadas, as finalidades de uso, a frequência de exposição a conteúdos sobre saúde mental e o seguimento de perfis especializados. Os resultados mostraram que o simples uso das plataformas não é determinante para ganhos de literacia; pelo contrário, a intencionalidade, a frequência e a qualidade da utilização revelaram-se fatores decisivos. A pesquisa ativa, a exposição regular a conteúdos e o seguimento de perfis especializados associaram-se a níveis mais elevados de conhecimento, a uma redução parcial do estigma e a uma maior predisposição para procurar ajuda. No entanto, algumas dimensões mostraram-se mais resistentes, nomeadamente a intenção de ocultar problemas em contextos académicos e profissionais. Globalmente, o modelo conceptual foi apenas parcialmente validado, confirmando a complexidade da relação entre as redes sociais e a literacia em saúde mental. Do ponto de vista prático, estes resultados oferecem contributos relevantes para o desenho de campanhas digitais mais eficazes, capazes de potenciar conhecimento, reduzir estigmas persistentes e incentivar comportamentos de procura de apoio entre os estudantes do ensino superior.porRedes sociaisLiteracia em saúde mentalConhecimentoEstigmaProcura de ajudaA relação entre a utilização das redes sociais e a literacia em saúde mental dos estudantes do ensino superiormaster thesis204053170