Tereso, AlexandraRamos, Ana Rita Costa2016-11-252016-11-252015http://hdl.handle.net/10400.26/16451Mestrado, Enfermagem de Saúde Materna e Obstetricia, 2015, Escola Superior de Enfermagem de LisboaA nível mundial, várias iniciativas têm sido desenvolvidas almejando uma mudança nos paradigmas da assistência ao casal em trabalho de parto. Neste âmbito, as recomendações emanadas, visam a “humanização” dos cuidados prestados durante o trabalho de parto, enfatizam o envolvimento das parturientes nas tomadas de decisão e nomeiam o respeito pelo princípio da autonomia das mesmas como fundamental. A responsabilidade profissional do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna, obstetrícia e ginecológica (EEESMOG) implica o reconhecimento do direito à autodeterminação da parturiente, a promoção do exercício da liberdade sobre si e sobre os cuidados que decide aceitar ou recusar e a consideração do consentimento informado (CI) como um aspecto fundamental da prática. O respeito pelo CI da parturiente constituiu o foco de interesse deste percurso desenvolvido no contexto da unidade curricular (UC) “estágio com relatório” e que tem como objetivo “Desenvolver competências técnicas, científicas relacionais e ético-morais para a prestação de cuidados de enfermagem especializados à parturiente, feto/RN e conviventes significativos na área da saúde materna e obstetrícia, tendo como foco principal de atenção o respeito pelo direito da parturiente ao CI”. Para contextualizar a temática escolhida, orientar as intervenções de enfermagem, facilitar a tomada de decisão e a reflexão, elegeu-se como referencial teórico norteador deste percurso a “estrutura de cuidar de Swanson”. Nomeando como questão de partida “Quais as percepções das parturientes sobre o seu direito ao CI na sala de partos?” foi realizada uma revisão sistemática da literatura (RSL) como estratégia para identificar a evidência científica. A elaboração deste relatório permitiu a realização de uma análise crítica do percurso realizado, mobilizando a evidência científica encontrada. A RSL efectuada revelou que as parturientes consideram que o CI diz respeito ao seu controlo e à sua participação nas tomadas de decisão; que as crenças, valores VIII e contexto sociocultural das parturientes, influenciam o valor que atribuem ao CI e a percepção que têm acerca da forma como os profissionais respeitam o seu direito ao mesmo; e que as parturientes percepcionam os profissionais de saúde como uma fonte privilegiada de informação esperando deles um papel ativo na promoção do respeito pelo CI. Em suma, sendo o CI imprescindível para a prática de enfermagem e no respeito pelos direitos das parturientes, o percurso apresentado evidência a importância de se desenvolver competências que facilitem a sua obtenção, respeitando assim os seus desejos, privacidade, a sua autonomia.application/pdfporEnfermagem obstétricaParturienteConsentimento informadoAutonomiaRespeitar o direito da parturiente ao consentimento informadomaster thesis201166186