Moutinho, Maria GuilherminaCoelho, Pedro Bernardo Sales Barreto das Neves2017-05-312017-05-312017-03http://hdl.handle.net/10400.26/18458Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas MonizAo longo dos últimos 70 anos tem havido um aumento exponencial na incidência de doenças do foro auto-imune, alérgico e inflamatório. Com o aumento do número de doentes afectados por patologias como Diabetes Mellitus, Esclerose Múltipla, Doença Reumática, Doença Alérgica, Asma, entre outras, surgiu a necessidade de entender os mecanismos fisiopatológicos das mesmas, bem como as suas causas etiológicas e possíveis tratamentos e/ou estratégias de prevenção. Este aumento apenas se tem verificado nos países ocidentais industrializados, devido à melhoria das condições de vida, com mudanças a nível alimentar, higiénico, ambiental ou medicamentoso, enquanto que nos países não desenvolvidos estas doenças continuam a ter uma prevalência reduzida. Por outro lado, estes países continuam a ter uma incidência bastante elevada de parasitoses, sendo as helmintoses um dos tipos mais comuns. Vários estudos epidemiológicos apuraram que existe uma proporcionalidade inversa entre a prevalência de infecções helmínticas e a incidência das doenças supramencionadas, o que está de acordo com a "Hipótese de Higiene". Esta teoria atribui o incremento das referidas patologias em países desenvolvidos à falta de Sistema Imunitário humano com determinados parasitas, impedindo-o assim de estabelecer os mecanismos imunológicos na sua plenitude. Devido ao facto dos Helmintas colonizarem o organismo humano há milénios, estes adaptaram-se com vista a maximizar o tempo de permanência dentro do hospedeiro, desenvolvendo complexas "estratégias" de imunomodulação que lhes permite atenuar respostas inflamatórias excessivas no hospedeiro que possam causar danos a ambos. Esta monografia constitui uma revisão bibliográfica sobre os conhecimentos obtidos relativamente a esta matéria, na tentativa de potenciar um uso terapêutico dos Helmintas. Após análise dos mecanismos de imunomodulação e de apurar quais os resultados experimentais positivos obtidos tanto em animais como em humanos, esta revisão conclui que a investigação sobre um uso terapêutico dos Helmintas está ainda no início e que existem vários entraves a ultrapassar para conseguir aplicar todo o potencial existente desta terapia na prática clínica.porHelmintasTerapêutica helmínticaIL-10TGF-βBregsTregsUso terapêutico dos Helmintasmaster thesis201701146