Almeida, Tiago2025-05-082025-05-082024-12-23http://hdl.handle.net/10400.26/57792Enquadramento: Com o envelhecimento populacional e o consequente aumento das doenças crónicas perspetiva-se um elevado consumo de medicamentos por parte dos idosos, o que consequentemente se poderá traduzir em utentes polimedicados. Uma parte significativa destes idosos são responsáveis pela preparação e administração dos seus medicamentos. A dificuldade na gestão do regime medicamentoso constitui uma potencial oportunidade de intervenção por parte dos enfermeiros especialistas no desenvolvimento de intervenções que permitem melhorar a capacidade dos idosos e/ou do seu cuidador para gerir o regime medicamentoso. Objetivos: Mapear a evidência científica sobre as intervenções de enfermagem para capacitar o idoso polimedicado na gestão do regime medicamentoso. Material e métodos: Foi desenvolvida uma scoping review, baseada no referencial do Joanne Briggs Institute (JBI). Foram incluídos estudos qualitativos, quantitativos ou mistos de qualquer nível de evidência, revisões da literatura e literatura cinzenta. O tema da investigação teve três critérios de elegibilidade seguindo a mnemónica PCC: A scoping review inclui estudos que envolvem idosos polimedicados e/ou os seus cuidadores informais e cuidadores familiares. No que concerne ao conceito incluiu-se estudos que abordam as intervenções de enfermagem na gestão do regime medicamentoso. Relativamente ao contexto, foram considerados estudos desenvolvidos em contexto de domicílio do utente, e/ou regresso ao mesmo. Resultados: Aplicado os critérios anteriores, foram incluídos na scoping review 13 artigos. Identificou-se intervenções de enfermagem autónomas e interdependentes. A maioria das intervenções são referentes a uma abordagem individualizada e centrada na capacitação do utente e da família e em práticas promotoras da multidisciplinaridade. Conclusões: Foram identificadas intervenções de enfermagem interdependentes relacionadas com práticas interprofissionais como a reconciliação medicamentosa, bem como intervenções autónomas que deverão individualizadas e centradas no utente onde a comunicação e a educação são focos principais. Avaliar a adesão à medicação, a cognição, o estado funcional e a alfabetização em saúde, trazem dados fundamentais para garantir a personalização das intervenções para o autocuidado. A identificação das intervenções contribui para o desenho de um programa de intervenção de enfermagem dirigido ao idoso polimedicado e aos cuidadores/família, com potencial objetivo de melhorar o conhecimento sobre a autogestão do regime medicamentoso.porEnfermeiroGestão da MedicaçãoIdososPolimedicaçãoCapacitação do idoso polimedicado para a gestão do regime medicamentosoother