Ribeiro, Carlos ZagaloPereira, Gonçalo MartinsCarneiro, Joana Crispim Pena dos Santos2024-01-112024-01-112023-11-25http://hdl.handle.net/10400.26/48812Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas MonizO Edentulismo (ED) consiste na perda parcial ou total dos dentes definitivos, tratando-se de uma questão de saúde pública que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo, a população mais idosa. Embora a taxa de pacientes edêntulos tenha diminuído na última década, devido aos recentes esforços na prevenção e cuidados orais, a falta de dentes continua a ser uma problemática com significância a nível global, requerendo especial atenção nos tempos correntes, tendo em conta a sua relação proporcional com o crescente aumento da esperança média de vida. Estima-se que cerca de 22,7% da população mundial com idade acima dos 60 anos, isto é, aproximadamente um em cada quatro idosos, não possui qualquer dente natural na cavidade oral (WHO 2022). Torna-se, assim, evidente que este se trata de um problema prevalente e grave na população idosa, visto que acarreta repercussões ao nível da mastigação, fonação, nutrição, digestão e estética, produzindo efeitos prejudiciais ao nível do desconforto físico, psicológico e social, provocando, por conseguinte, um impacto negativo na qualidade de vida e bem-estar do idoso. Nesta revisão narrativa, consolidamos as evidências que suportam a perda de dentes definitivos como um complemento necessário às síndromes geriátricas já descritas, realçando a sua natureza etiológica multifatorial, elevada prevalência em idosos, interação com outras síndromes geriátrica e necessidade de um tratamento multidisciplinar. Com esta revisão pretendemos propor o ED como síndrome geriátrica, procurando dar-lhe a necessária importância e destaque, de forma a ser tratado e monitorizado, prevenindo as complicações que lhe estão associados e, paralelamente, incorporar uma necessária dimensão dentária aos protocolos padrão de síndrome geriátrica.Edentulism (ED) is the partial or total loss of permanent teeth and is a public health issue that affects millions of people around the world, especially the elderly population. Although the rate of edentulous patients has decreased in the last decade, due to recent efforts in prevention and oral care, the lack of teeth continues to be a significant problem at a global level, requiring special attention nowadays, given its proportional relationship with the growing increase in average life expectancy. It is estimated that around 22.7% of the world's population over the age of 60, i.e. approximately one in four elderly people, has no natural teeth in the oral cavity (WHO 2022). It is therefore clear that this is a prevalent and serious problem in the elderly population, as it has repercussions in terms of chewing, phonation, nutrition, digestion and aesthetics, producing detrimental effects in terms of physical, psychological and social discomfort, thus having a negative impact on the quality of life and well-being of the elderly. In this narrative review, we consolidate the evidence that supports the loss of permanent teeth as a necessary complement to the geriatric syndromes already described, highlighting its multifactorial etiological nature, high prevalence in the elderly, interaction with other geriatric syndromes and the need for multidisciplinary treatment. With this review we intend to propose ED as a geriatric syndrome, with the intent of giving it the necessary importance and prominence, so that it can be treated and monitored, preventing the complications associated with it and, at the same time, incorporating a necessary dental dimension into the standard geriatric syndrome protocols.porEdentulismoIdosoPerda de dentesSíndrome geriátricaDesdentadoEdentulismo como síndrome geriátricamaster thesis203431332