Castro, HelenaAlegre, Nelson2019-01-162019-01-162018-11-19http://hdl.handle.net/10400.26/25683O presente estudo assenta na premissa de que as escolas de referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS) são por si só um espaço, favorável ao contacto com a diferença, tendo em atenção que desta escola fazem parte maioritariamente alunos surdos e alunos ouvintes. Portanto, falamos aqui de duas culturas, a cultura ouvinte e a cultura surda, que coexistem num espaço, que se quer inclusivo e proporcionador do desenvolvimento de aprendizagens significativas, sejam elas eminentemente escolares ou educacionais, para a verdadeira inserção de todos os indivíduos em sociedade, independentemente da sua condição. Tendo em consideração e partindo do pressuposto que o contexto em que o surdo vive é toda uma cultura que é diferente da cultura de uma pessoa ouvinte, conduziu-nos a esta investigação, na tentativa de avaliar quais os benefícios e dificuldades da convivência em meio escolar entre alunos surdos e ouvintes, na visão dos seus encarregados de educação. Considerando que, no que diz respeito às questões de desenvolvimento, o aluno surdo, como qualquer criança que frequenta o ensino obrigatório, está em processo de desenvolvimento de linguagem, de processos de identificação, de construção de valores sociais e afetivos, entre outros, foi possível ao longo deste estudo, avaliar na opinião dos E.E, o conhecimento que estes têm acerca do que é a surdez, do que significa ser uma pessoa surda, bem como, compreender o conhecimento que têm acerca da população escolar e do funcionamento de uma EREBAS. Verificámos também as razões que levaram estes E.E a optar por esta escola, a dirigir-se à mesma e a frequência com que o fazem. Auscultámos ainda a sua opinião relativamente às dinâmicas deste tipo de escola, no sentido de verificar se esta promove atividades de interação e partilha identificando também um conjunto de aspetos que contribuem para a sua satisfação relativamente a esta escola, percebendo assim o seu grau de satisfação, bem como, dos seus educandos. Identificámos ainda um conjunto de sentimentos, positivos e negativos, que os E.E experimentam com maior frequência relativamente à convivência entre alunos surdos e ouvintes em meio escolar, percebendo se em sua opinião a escola dos seus educandos promove a inclusão e de que forma. Também a existência ou não de preconceito foi avaliada pelos E.E, identificando por último um conjunto de benefícios e dificuldades da convivência entre alunos surdos e ouvintes em meio escolar. Os dados obtidos apontam para uma participação heterogénea dos E.E na vida escolar do agrupamento, estando estes conscientes e sendo conhecedores da população alvo da EREBAS e do que significa a surdez. De um modo geral os E.E encontram-se satisfeitos com as dinâmicas da escola e como esta promove as atividades de interação e partilha entre educandos surdos e ouvintes. No entanto, apesar das razões apresentadas recaírem sobre uma visão mais positiva desta convivência escolar, destaca-se alguma ansiedade e insegurança tanto nos E.E de alunos surdos como nos dos alunos ouvintes. De realçar alguma inquietação e preocupação demonstrada especialmente pelos E.E dos alunos surdos, relativamente à existência de algum preconceito, sendo apresentados benefícios, mas também algumas dificuldades da convivência escolar entre alunos surdos e ouvintes.porEREBASAlunos surdosAlunos ouvintesInclusãoPreconceitoBenefíciosDificuldadesBenefícios e dificuldades da convivência escolar entre alunos surdos e ouvintes de uma escola de referência para o ensino bilingue de alunos surdos:a visão dos encarregados de educaçãomaster thesis202139484