Varela, DionésioSerrano, Margarida Maria Fernandes, 1964-2020-02-212020-02-212019-052184-4860http://hdl.handle.net/10400.26/31515Introdução: Segundo a perspetiva estrutural, a memória seria constituída por vários sistemas responsáveis pelo armazenamento e retenção da informação quer a curto prazo quer a longo prazo e segundo a perspetiva processual, a informação daria entrada na memória (aquisição), permanecia lá durante um certo tempo (retenção) e por fim seria usada ou recordada (recordação). «Todo mundo é bilíngue», tendo esta expressão como base, o bilinguismo e a memória auditiva andam de mãos dadas, bilinguismo é definido pelo uso de pelo menos duas línguas. Objetivo: verificar se existem diferenças estatisticamente significativas na memória auditiva entre indivíduos da CPLP que tenham só uma língua como língua materna de indivíduos bilingues. Metodologia: A amostra com 40 indivíduos de ambos os sexos, com idade compreendida entre os 18 e 25 anos de idade, sendo 10 indivíduos bilingues da Angola (Kimbundu e português), 15 bilingues de Cabo Verde (crioulo e português) e 15 indivíduos de Portugal (português). Com o consentimento previamente assinado, realizou-se um questionário, avaliação audiológica, Teste de Padrão de Duração, Testes idade de Leitura (TIL), Teste de Memória no Silêncio e no Ruído avaliando a audição, e os processos cognitivos em indivíduos com língua materna sendo o crioulo (cabo-verdianos) ou o quimbundo (angolanos) e a língua da literacia o português europeu e em indivíduos com língua materna e de literacia o português europeu (portugueses). Os dados estatísticos foram tratados no programa de estatística Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21.0 para Windows 10. Resultados: contabilizadas respostas dos questionários e a avaliação dos exames permitiu ver que não havia diferenças estatisticamente significativas entre o grupo de cabo-verdianos e de portugueses em nenhum dos testes realizados; quando relacionados os grupos de portugueses e cabo-verdianos com os angolanos verificaram-se diferenças estatisticamente significativas nos testes verbais, mas não nos testes não-verbais. Conclusão: indivíduos com uma língua materna cujos fonemas são próximos da língua portuguesa (cabo-verdianos) têm melhor memória fonológica para o português europeu do que indivíduos com a língua materna fonologicamente mais distante (angolanos), apesar de aprenderem a ler e a escrever em português.porMemória auditivaMultilinguismoCrioulo (de Cabo Verde)Kimbundo (Angola)Memória auditiva: diferentes comunidades bilingues da Comunidade dos Países de Língua Portuguesajournal article