Francisco, Anabela Maduro de AlmeidaGodard, Léa Elodie Juliette2024-10-182024-06-18http://hdl.handle.net/10400.26/52574A Diabetes mellitus é uma síndrome cuja terapêutica pode ser considerada como complexa, onerosa e desafiante pelos tutores. Atualmente, estão recomendadas duas administrações subcutâneas de insulina, em horário específico, para estabilizar os níveis de glicose no sangue dos gatos diabéticos. A monitorização dos níveis de glicose no sangue, exequíveis através da avaliação de curvas de glicémia, quer seja em casa ou na clínica, é importante para ajustar a dose de insulina, contudo este procedimento pode ser desconfortável tanto para o animal como para o tutor. Nos últimos anos, a investigação nesta área tem tido como objetivo simplificar a terapia da Diabetes mellitus, designadamente através das novas insulinas, como a insulina Degludec e a insulina Glargina 300 U/mL, para reduzir a frequência das administrações. Uma das novas abordagens baseia-se no uso de inibidores do co-transportador sódio-glicose tipo 2, que impedem que a glicose seja reabsorvida pelos rins. Trata-se de um tratamento oral recentemente comercializado e que evita a necessidade de administrações subcutâneas. Os análogos do Glucagon-Like Peptide-1, que são incretinas, também podem ser usados por via oral. O Glucagon-Like Peptide-1 é hormona gastrointestinal libertada após a ingestão de alimentos e que estimula a libertação de insulina. Contudo, estes tratamentos têm vários efeitos adversos, principalmente gastrointestinais, apesar de contribuírem para limitar a variabilidade glicémica ao longo do dia. Adicionalmente, os avanços tecnológicos têm contribuído para melhorar o controlo domiciliário da doença. Atualmente, é possível utilizar sensores de glicemia, de forma semelhante aos utilizados nos seres humanos, para medição contínua dos níveis de glicemia do animal. A perceção dos tutores em relação a esta abordagem é geralmente mais favorável relativamente à curva de glicemia. Por fim, de salientar que estes avanços no tratamento da Diabetes mellitus têm contribuído para simplificar a terapêutica, o que aumenta o comprometimento dos tutores no tratamento da diabetes do seu animal, limitando assim as decisões de eutanásia na altura do diagnóstico. Contudo, é também evidente que é necessária mais investigação para melhor compreensão dos mecanismos subjacentes à doença, por forma a identificar potenciais novos alvos terapêuticos.Feline diabetes is a syndrome whose therapy can be considered complex, costly and challenging by the tutors. Currently, two subcutaneous administrations of insulin are recommended, at a specific time, to stabilize glucose levels in the blood of diabetic cats. Monitoring blood glucose levels, achievable by evaluating blood glucose curves, either at home or in the clinic, is important for adjusting the insulin dose, but this procedure can be uncomfortable for both the animal and the owner. In recent years, research in this area has aimed to simplify the therapy of feline diabetes, specifically through new insulins, such as insulin Degludec and insulin Glargine 300 U/mL, to reduce the frequency of administrations. One of the new approaches is based on the use of sodiumglucose co-transporter type 2 inhibitors, which prevent glucose from being reabsorbed by the kidneys. This is a recently marketed oral treatment that avoids the need for subcutaneous administration. Glucagon-Like-Peptide- 1 analogues, which are incretins, can also be used orally. Glucagon-Like-Peptide-1 is a gastrointestinal hormone released after eating and which stimulates the release of insulin. However, these treatments have a number of adverse effects, mainly gastrointestinal, although they do help to limit glycemic variability throughout the day. In addition, technological advances have helped to improve home management of the disease. It is now possible to use blood glucose sensors, similar to those used in humans, to continuously measure the animal's blood glucose levels. The owners' perception of this approach is generally more favorable in relation to the blood glucose curve. Finally, it should be noted that these advances in the treatment of feline diabetes have helped to simplify therapy, which increases the commitment of owners to treating their pet's diabetes, thus limiting decisions to euthanize at the time of diagnosis. However, it is also clear that more research is needed to better understand the mechanisms underlying the disease, in order to identify potential new therapeutic targets.porDiabetes Mellitus FelinaGLP-1InsulinaSGLT-2Sensor De GlicémiaBlood Glucose SensorFeline Diabetes MellitusInsulinSGLT2Perspetivas Terapêuticas Emergentes No Tratamento Da Diabetes Felinamaster thesis203711467