Saraiva, MariaTorres, Mariana de Almeida Guerreiro2016-11-252016-11-252012http://hdl.handle.net/10400.26/16346Mestrado, Enfermagem Médico-cirúrgica, Nefrologia, 2012, Escola Superior de Enfermagem de LisboaA Lesão Renal Aguda (LRA) surge, de maneira súbita, quando os rins são incapazes de remover as substâncias tóxicas do organismo e realizar as suas funções reguladoras de forma adequada. Em Unidades de Medicina ou Cirurgia apresenta, em termos globais, uma taxa de incidência que ronda os 5%. Esta taxa aumenta para os 17% a 35% em doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), sendo que 49% a 70% destes doentes necessitam de tratamento dialítico (BERNARDINA, et al, 2008). A terapia de Substituição Renal é um procedimento complexo, que exige equipamentos precisos, materiais específicos e profissionais devidamente treinados (SECCO, 2006). Assim, vários autores reforçam a importância da educação permanente dos enfermeiros no sucesso destas técnicas, adquirindo deste modo as competências necessárias para dar resposta, de forma adequada, às exigências do “cuidar” o doente crítico com LRA, minimizando as suas sequelas. A necessidade de formação na área das Técnicas de Substituição da Função Renal (TSFR) foi reconhecida por 29% dos enfermeiros da UCI de um Hospital Central do Distrito de Setúbal, onde exerço funções. Atendendo a que nesta unidade a taxa anual de doentes submetidos a este tipo de técnicas ronda os 25%, e que são os enfermeiros da unidade quem assegura a realização das mesmas, facilmente se compreende que estes devem estar devidamente capacitados para a sua execução. Assim, baseado numa necessidade sentida pela equipa de enfermagem e sustentado na evidência científica, surge este projecto cuja finalidade é contribuir para a melhoraria da qualidade dos cuidados de enfermagem ao doente crítico com LRA. O processo de implementação do projecto passou por uma revisão de literatura acerca da temática escolhida, sensibilização da equipa de enfermagem para esta problemática, dinamização da equipa e sessões formativas de divulgação dos resultados da aplicação do projecto. Na avaliação do projecto a curto prazo verifica-se que o enfermeiro tem um papel fulcral na execução das TSFR, atendendo ao elevado número de intercorrências dialíticas registadas. Assim, a formação da equipa de enfermagem, tal como evidencia a literatura, é essencial para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados ao doente/família nesta fase da vida tão difícil de luta pela sobrevivência.application/pdfporNefrologiaHemodiáliseLesão renal agudaUnidade de cuidados intensivosO impacto da formação dos enfermeiros de cuidados intensivos na prevenção de intercorrências dialíticasmaster thesis