Mendes Nunes, José2020-12-222020-12-222020http://hdl.handle.net/10400.26/34438Comunicação em saúde diz respeito ao estudo e utilização de estratégias de comunicação para informar e para influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua saúde. Contudo, esta definição não evidencia a complexidade subjacente quando se comunica em saúde, para além de indiciar certa unidirecionalidade e assimetria na relação. De qualquer modo, a comunicação está envolvida em todas as atividades humanas. A própria comunicação é saúde. De tão omnipresente nem se dá pela sua importância, acreditando-se que é algo inato, próprio da natureza da pessoa, logo, não exige treino. A relação é a base da atividade de qualquer profissional de saúde e o instrumento base é a comunicação. No entanto, o fascínio pelas tecnologias converteu-nos à fé inabalável que elas tudo resolvem. Para além disso, se comunicamos desde que nascemos, ou mesmo antes, é porque temos uma capacidade e competência terminada, é como andar ou correr e, mesmo estas, podem exigir e são possíveis de aperfeiçoamento. No entanto, existem habilidades comunicacionais que podem ser apreendidas e que, uma vez aprendidas, perduram ao longo da vida profissional, embora exijam uma prática refletida. A evidência mostra que a qualidade da comunicação se reflete na proteção do doente e na obtenção de melhores resultados em saúde. A maioria dos erros devem-se a comunicação disfuncional e as queixas dos doentes são maioritariamente por erros de comunicação. O doente não toma decisões com base no que o profissional de saúde sabe ou acredita, mas antes no que ele sabe e acredita. As habilidades comunicacionais não substituem a ciência médica, mas ajudam a que o doente a use, para bem da sua saúde, se tiver um profissional com conhecimento.porComunicação em saúdeconference object