Pais, Lúcia Maria de Sousa Gomes GouveiaFelgueiras, SérgioAfonso, Ângelo David Marques2016-11-112016-11-112015-04-24http://hdl.handle.net/10400.26/15398O ser humano, distante de uma omnisciência lógica e detentor de uma mente com limitações de processamento e memória, enfrenta no seu quotidiano situações que exigem respostas céleres, condicionadas por pressões temporais, stress e escasso conhecimento, subordinadas a constrangimentos políticos, institucionais e sociais. Como consequência dos limites da mente humana, o decisor recorre a estratégias proximais almejando a resolução das situações com as quais se depara, conduzindo desse modo, ocasionalmente, a enviesamentos e erros nas avaliações e decisões que toma. Não empregando estratégias de otimização, o decisor propõe-se a atingir soluções satisfatórias e suficientes, em condições exigentes, envolvendo consequentemente uma parca pesquisa de informação e atentando às características estruturais e circunstanciais do ambiente no qual essa se processa. Na impossibilidade de se alhear da sua condição humana, o decisor policial padece das mesmas limitações do comum cidadão. Assim, desenvolveu-se um estudo qualitativo, em contexto naturalista, sobre a tomada de decisão na atividade policial em três grandes eventos políticos, no intuito de melhor compreender o processo de tomada de decisão no domínio policial. Os resultados sugerem que o processo de tomada de decisão policial assenta na capacidade do decisor em avaliar cursos de ação, pesquisar e gerir a informação necessária, analisar pistas informativas e antecipar cenários, projetando constantemente expectativas durante o policiamento. Para concretizar tais ações, a experiência aliada ao conhecimento do decisor policial revestem importância fulcral.The human being, devoid of a logical omniscience and owner of a mind with processing and memory limitations, is routinely confronted by circumstances demanding immediate resolutions, constrained by time pressure, stress and scarce knowledge and under political, institutional and social restraints. By virtue of the limits of the human mind, while aiming to resolve situations he is faced with, the decision-maker resorts to approximation strategies and, hence, occasionally achieves biased and erroneous evaluations and decisions. Lack-ing optimization strategies, the decision-maker is prone to attain acceptable and satisfactory solutions under challenging scenarios, thus involving negligible data research and consid-ering the structural and circumstantial characteristics of the environment in which the pro-cess occurs. Given the impossibility of distancing oneself from our human nature, the police decider is impaired by the same limitations as the common citizen. Accordingly, a qualitative study in naturalistic context was developed, concerning decision-making in police activity in three major political events, intending to thoroughly clarify the decision-making process in the police domain. Obtained data suggest that the decision-making process is grounded on the decider’s ability to evaluate courses of action, to research and manage the required information, to analyze relevant cues and anticipate scenarios, constantly projecting expec-tations during policing. The police decison-maker’s experience allied to knowledge are reck-oned as decisive determinants to perform the aforementioned tasks.porTomada de decisãoPolíciaPoliciamentoGrandes eventos políticosTomada de decisão naturalísticaA tomada de decisão policial em grandes eventos políticosmaster thesis201010194