Craveiro, Ana Margarida2011-01-122011-01-1220080870-757Xhttp://hdl.handle.net/10400.26/521O Novo Humanitarismo consolidou-se nos anos 90 como novo paradigma da acção humanitária, importante instrumento de suporte à resolução de conflitos, pela apresentação de um novo entendimento sobre os seus valores e operacionalização. Num momento de necessária avaliação, a pergunta a fazer é se o humanitarismo evoluiu para melhor, ou se deveria tentar recuperar o que se perdeu. Neste artigo, são colocadas duas hipóteses em confronto, segundo dois autores: o Novo Humanitarismo está a ser usado por um modelo de governação específico para expansão de uma agenda própria (Mark Duffield) ou corrompeu- se a si mesmo pelo desenvolvimento de relações ambíguas com o poder político (David Rieff). Interpretando-as como uma tese e a sua antítese, dado que ambos os autores tiveram responsabilidades no desenvolvimento do Novo Humanitarismo apesar dos radicalmente diferentes pressupostos, sugere-se como síntese que houve de facto uma substituição do poder político pela acção humanitária, obrigada a um mandato muito mais alargado, bem para além da sua raison d’être original. Não é desejável ignorar a história recente, advogando-se aqui por uma clara limitação à acção humanitária, através de uma redefinição do seu papel.porConflitosOperações humanitáriasHumanismoPoder políticoOrganizações internacionaisReconstruçãoDireitos humanosONUPós-guerraA grande crise existencial do humanitarismo : uma leitura comparada de Duffield e Rieffjournal article