Henriques, Carlos2016-03-112016-03-112007http://hdl.handle.net/10400.26/12206O Ensino a Distância (EAD) apareceu nos Estados Unidos da América e remonta já a mais de 100 anos. Desde esse dia muito evoluiu, quer em termos de conceito, quer em meios, estes cada vez mais sofisticados. Surgiu pela necessidade que um aluno isolado pudesse receber formação e ser acompanhado no seu percurso estudantil. Se juntarmos a este requisito básico as enormes possibilidades que os meios de comunicação hoje proporcionam, teremos reunidas as condições óptimas para que este tipo de ensino tenha sucesso, como, por exemplo, nas empresas onde a população alvo, maioritariamente adulta, tem especial apetência e vocação para aprender desta forma. Foi com esta perspectiva que a Marinha, como resposta às novas exigências estatutárias de elevação dos níveis académicos do seu pessoal, abraçou esta modalidade para permitir a aquisição de grau de ensino necessário à sua progressão na carreira. Para isso foi criado o Centro Naval de Ensino a Distância (CNED), que detém Autonomia Pedagógica para os ensinos básico e secundário e que, tendo evoluído para o ensino recorrente, tem também capacidade de formação de professores. Esta evolução levou a que se estabelecesse um Centro de Novas Oportunidades adstrito ao CNED, em linha de consonância com as mais recentes decisões governamentais, na procura da elevação dos níveis académicos no país até ao 12º ano. Entretanto o Sistema de Formação Profissional da Marinha sofreu também um enorme impulso, patenteado na sua recente acreditação pelo Ministro da Defesa Nacional. As mais recentes orientações da estrutura superior da Marinha apontam para que se introduza o EAD neste sistema. É neste enquadramento que a questão do futuro do EAD e do CNED se coloca. A previsível diminuição do número de alunos que estiveram na sua génese, implica que novos rumos sejam equacionados. O seu futuro passará, sem sombra de dúvida, pela sua integração progressiva no Sistema de Formação Profissional da Marinha (SFPM), através dos modelos de “e-learning” ou “blended leraning”. Mas passa, igualmente, por assumir a sua valia no âmbito das Forças Armadas e no da Defesa Nacional, na vertente interna ou mesmo no âmbito dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), seja através da Direcção-Geral de Política de Defesa Nacional (DGPDN) na área da Cooperação Técnico-Militar ou do Ministério da Educação. Também o seu Centro de Novas Oportunidades (CNO), tem larga margem de desenvolvimento quer junto do pessoal civil e militar e militarizado da Marinha, quer junto dos outros Ramos e DN, e ainda da população civil lisboeta vizinha do CNED. A metodologia adoptada foi a de Investigação Científica, através do método dedutivo. Deste modo, a base essencial da pesquisa foi a leitura documental e bibliográfica, a que se juntou três entrevistas, que se revelaram de grande importância para o desenrolar do trabalho. Abstract: Historically, Distance Learning (DL) first steps took place more then 120 years ago, in the United States. Since then a lot of developments occurred. The need to provide learning to an isolated student, the need to support him and the development of technology, brought this method of learning to the high level of today. Moreover, DL is assuming more and more importance among enterprises, when is required from their employees some kind of study in order to improve their professional skills. Portugal developed forms of DL since the late twenties. The major achievement took place on the 60’s with the “Telescola” program, where the use of TV had a great impact among the national educational system. The Portuguese Navy introduced DL on 1990, when a ministerial reformation process increased the educational levels to a point that significant number of personnel (in particular among lower ranks) was hampered to progress in their career. The DL Naval Centre (CNED) was then created in order to fulfil the referred lack of educational level. This project is still in progress. Meanwhile, CNED diverted to other capabilities and was given “teaching autonomy. As time progresses, the need for CNED in rising educational levels will suffer a natural downgrade. And this is the time to think about the future. The acceptance of CNED as a centre of qualification of professional skills aiming academic validation constitutes another possible way for improvement, as it is in accordance with the recent political decision on this matter for the Portuguese people. A recent decision to start exploitation of introduction of DL in the Navy Professional Education System constitutes a major possibility for this teaching model. One can say that with this potential of credits, CNED can also be the pioneer among the three armed forces services, by leading the process of a new phase in the educational systems, in conjunction, or not, with the defence ministerial department. Another area for employment of this knowledge is to extend it to the African countries of Portuguese language, as all the necessary developments and materials are already prepared. The validation of professional skills is one other door for a very important step concerning its application to the Navy personnel (military and civilian), and, maybe, to the other services and as well as the Lisbon population living in the neighbourhood. The development of this document was based on the exploratory nature, consisting of documental and bibliographical research, with three interviews on relevant persons related with the subject.porEnsino a DistânciaDefiniçãoHistóriaFuturoAprendizagemFormaçãoMarinhaO ensino a distância na MarinhaPerspectivas para o futuroother