Cowper-Coles, Sherand2015-01-302015-01-3020110870-757Xhttp://hdl.handle.net/10400.26/7638É inquestionável o facto de o Ocidente ter decidido intervir militarmente no Afeganistão em Outubro de 2001 sem ter uma ideia clara sobre as consequências de tal decisão, bem como poderia mais tarde vir a retirar‑se deste teatro de operações. Sem se aperceber, o Ocidente envolveu‑se num conflito multidimensional e com múltiplos actores que se digladiam entre si há várias décadas. Este é um conflito que coloca em confronto várias forças políticas afegãs, o Islão com o secularismo, a tradição com a modernidade, as cidades com as zonas rurais, os Sunitas com os Xiítas, os camponeses com os nómadas, os Pashtuns com os Tadjiques, os Uzbeques com os Hazaras. O conflito irá continuar a não ser que estas díades dialécticas sejam resolvidas, bem como as relações do Afeganistão com os países vizinhos, através de um processo ambicioso e continuado assente num modelo tipo jirga que envolva as dimensões internas e externas do país e que seja patrocinado pelos Estados Unidos e pelas Nações Unidas e apoiado pelos cinco Membros Permanentes do seu Conselho de Segurança (EUA, Rússia, China, França e Grã‑Bretanha), pela NATO, pela União Europeia e pelos restantes actores regionais.porIntervenção internacionalConflitosPerspectivasAfeganistãoBack to the futurejournal article