Diogo, PaulaNeves, Marta André das2018-02-062018-02-062017http://hdl.handle.net/10400.26/21066Cuidar de crianças, especialmente quando elas estão a sofrer, é suscetível de envolver uma significativa quantidade de trabalho emocional (Smith, 2012; Diogo, 2015). Os profissionais de saúde são, na atualidade, incentivados a regular as suas próprias emoções para conseguirem compreender eficientemente as emoções negativas das pessoas que cuidam. A atenção para com o trabalho emocional em Cuidados Paliativos Pediátricos (CPP) reveste-se de componentes com um elevado grau de complexidade, pois a situação vivida afeta a criança e a família física e emocionalmente, podendo desequilibrar todo o sistema familiar. No entanto, também os enfermeiros podem viver situações de cuidados emocionalmente intensas, o que leva a que se questione a sua tomada de consciência e intencionalidade nas interações estabelecidas. Assim, do problema identificado - A emocionalidade vivenciada pelos Enfermeiros que cuidam de crianças e famílias com necessidades paliativas – emergiu como objeto de estudo o trabalho emocional no cuidar em enfermagem pediátrica. De facto, já não se defende uma neutralidade emocional na prática de cuidados de Enfermagem, o que justifica a mobilização da Teoria do Cuidado Humano de Watson como conceção teórica orientadora e integrada numa Filosofia de Cuidados Centrados na Família. Face ao exposto, a elaboração deste relatório teve como finalidade descrever, analisar e consolidar as experiências de aprendizagem que ocorreram no percurso formativo experiencial, com vista, através da reflexão, à acomodação de conhecimentos inerentes ao EESCJ no que concerne ao trabalho emocional desempenhado pelos enfermeiros em diferentes contextos de cuidados pediátricos. A metodologia utilizada foi a Aprendizagem Experiencial, que reconhece os contributos da experiência para o desenvolvimento profissional. Para a reflexão da e sobre a prática recorreu-se a uma reflexão estruturada segundo o ciclo reflexivo de Gibbs. Foram desenvolvidas diversas atividades destacando-se: a identificação das necessidades emocionais do cliente pediátrico; análise de práticas para explorar a dimensão emocional dos cuidados, promoção de momentos de reflexão de situações de cuidados emocionalmente intensos, implementação do brincar terapêutico e sessões formativas sobre CPP. Em suma, cuidar em contexto paliativo exige a conjugação de saberes teóricos e formais, e ainda de competências afetivas, por isso perspetiva-se o Cuidar como um processo relacional que obriga à perceção da experiência humana no processo saúde doença (Diogo, 2015), promovendo, assim, uma prestação de cuidados de nível avançado.porEnfermagem pediátricaHumanização da assistênciaAssistência terminalEmoçõesCuidados paliativosCuidados paliativos pediátricos :o trabalho emocional no cuidar em enfermagemmaster thesis201829630