Ferro, TiagoZebreiro, Thânia Sousa2024-09-302024-09-302024-08-01http://hdl.handle.net/10400.26/52272Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas MonizA International Headache Society define a síndrome de boca ardente (SBA) como uma dor neuropática, com sensação de queimadura intraoral ou disestésica, com apresentação diária por mais de 2 horas por dia, com duração mínima de 3 meses, sem nenhuma lesão clinicamente evidente Diversos locais da região oral podem ser afetados, atingindo principalmente os dois terços anteriores da língua, a metade anterior do palato duro, a mucosa do lábio superior , a gengiva e mucosa jugal. A SBA afeta principalmente indivíduos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 50 e 70 anos, que se encontram na fase pós-menopausa. Existe alguma evidência que a diminuição dos níveis de estrogénio pode induzir atrofia do tecido da mucosa oral, o que pode deixar a área mais suscetível a alterações inflamatórias e ao desenvolvimento de sintomas de síndrome de boca ardente Apesar de uma grande variedade de medicamentos e tratamentos serem propostos para tratamento da SBA, a evidência disponível apenas demonstra uma boa resposta a longo prazo com a utilização de antidepressivos. Existem diversas classes de fármacos antidepressivos disponíveis no mercado, com diferentes mecanismos de ação e perfis de segurança. Para o tratamento da SBA numa perspetiva de longo prazo, os fármacos mais reportados incluem os antidepressivos tricíclicos e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina. No entanto é pertinente continuar a investigação da fisiopatofisiologia da doença para permitir obter uma abordagem terapêutica eficaz na redução dos sintomas a longo prazo e, assim, melhorar a qualidade de vida destes pacientes. Não obstante à elaboração de alguns estudos realizados, ainda não foi possível alcançar um consenso que possibilite a formulação de uma norma de orientação clinica para a elaboração de um plano terapêutico , em pacientes com síndrome de boca ardente .The International Headache Society defines burning mouth syndrome (BMS) as neuropathic pain, with a burning sensation in the mouth or dysaesthetic, presenting daily for more than 2 hours a day, lasting at least 3 months, without any clinically evident lesions. Various sites in the oral region can be affected, mainly the anterior two-thirds of the tongue, the anterior half of the hard palate, the mucous membrane of the upper lip, the gums and the jugal mucous membrane. BMS mainly affects post-menopausal women aged between 50 and 70. There is some evidence that the decrease in oestrogen levels can induce atrophy of the oral mucosa tissue, which can leave the area more susceptible to inflammatory changes and the development of burning mouth syndrome symptoms Although a wide variety of drugs and treatments have been proposed to treat BMS, the available evidence shows a good response to long-term therapy with antidepressants. There are several classes of antidepressant drugs available on the market, with different mechanisms of action and safety profiles. For the long-term treatment of SBA, the most widely reported drugs include tricyclic antidepressants and selective serotonin and noradrenaline reuptake inhibitors. However, it is important to continue researching the pathophysiology of the disease in order to find a therapeutic approach that is effective in reducing symptoms in the long term and thus improving the quality of life of these patients. Despite a number of studies, a consensus has not yet been reached that would make it possible to formulate a guideline for the development of a therapeutic plan with antidepressants in patients with burning mouth syndrome.porSíndrome da boca ardenteTratamento da síndrome da boca ardenteGlossodiniaDor neuropáticaAntidepressivos na síndrome da boca ardenteMecanismos e efeitos dos fármacos antidepressivos em indivíduos com síndrome de boca ardentemaster thesis203686497