Scholten, MarcPato, Muriel Fernandes2018-04-172018-04-172018-04-09http://hdl.handle.net/10400.26/22348O tema dinheiro é, e sempre será, um tema sensível, por diversas razões, sendo que uma das quais é a moralidade em redor das decisões para “gastar” o dinheiro em consumo presente e decisões para “poupar” o dinheiro para consumo futuro. A moralidade também se evidencia em redor de determinadas decisões sobre o tipo de bens a adquirir: gastar o dinheiro em, ou poupar o dinheiro para, bens de luxo ou bens de necessidade, bens hedónicos ou bens utilitários. Por exemplo, uma segunda casa é um bem de luxo, mas uma casa para viver é um bem de necessidade; e mesmo uma casa para viver (portanto, uma necessidade) pode ser escolhida baseado em motivos mais hedónicos (e.g., vista sobre a cidade) ou motivos mais utilitários (e.g., proximidade do emprego). O presente estudo pretende analisar como as designações alternativas de “dinheiro” (dinheiro “para gastar”, dinheiro “para poupar”, ou “dinheiro” só) impacta sobre a desejabilidade de bens de luxo e bens de necessidade. Para esta investigação foi assumido que “dinheiro para gastar” é relativamente mais provável que seja representado como um luxo e “dinheiro para poupar” é relativamente mais provável que seja representado como uma necessidade. Desta forma, foram estudadas as escolhas entre “dinheiro” (“para gastar”, “para poupar” e “dinheiro” só) e os luxos (hedónicos) e as necessidades em espécie (e.g., vale para um cruzeiro ou vale para compras de supermercado, respetivamente). Ou seja, quando existe uma escolha entre “dinheiro para poupar” e luxo (em espécie), estamos perante uma escolha entre necessidade (“dinheiro para poupar”) e luxo (e.g., voucher para um cruzeiro). Os resultados do estudo demonstraram que a escolha de um vale de necessidade em vez de dinheiro é mais elevada do que a escolha um vale de luxo em vez de dinheiro. Os resultados também demonstraram que a escolha de um vale (luxo ou necessidade) em vez de dinheiro é mais elevada quando o dinheiro é enquadrado como dinheiro “para poupar” do que quando é enquadrado como dinheiro “para gastar”. Por ultimo, a escolha de um vale (luxo ou necessidade) em vez de dinheiro (quase) não é afetada por se enquadrar o dinheiro como “para gastar”.The topic of money is, and will always be, a sensitive one for a number of reasons, but one of which is the morality surrounding the decisions to “spend” money on current consumption and the decisions to “save” money for future consumption. Morality also manifests itself around certain decisions about what kind of good to acquire: spend money on, or save money for, luxury goods or necessities, hedonic goods or utilitarian goods. For example, a second house is a luxury good, but a house to live is a necessity; and even a house to live (therefore, a necessity) can be chosen based on more hedonic motives (e.g., view over the city) or more utilitarian motives (e.g., proximity to work). The present study aims to analyze how alternative designations of “money” (money “to spend”, money “to save”, or just “money”) impact on the desirability of luxury goods and necessities. For this research it has been assumed that "money to spend" is relatively more likely to be represented as a luxury and "money to save" is relatively more likely to be represented as a necessity. Thus, we examined choices between "money" ("to spend", "to save" and "money" alone) and luxuries (hedonic) and necessities in kind (e.g., voucher for a cruise or voucher for purchases of supermarket, respectively) were studied. That is, when there is a choice between "money to save" and luxury (in kind), we are faced with a choice between need ("money to save") and luxury (e.g., voucher for a cruise). The results of the study have shown that choosing a necessity voucher instead of money is more likely than choosing a luxury voucher instead of money. The results also showed that choosing a voucher (luxury or necessity) instead of money is higher when money is framed as "money to save” than when it is framed as "money to spend". Lastly, choosing a voucher (luxury or necessity) instead of money (almost) isn’t affected by framing money as "to spend".porComportamento do consumidorDinheiroLuxo (bens hedónicos)Necessidades (bens utilitários)GastosPoupançaO enquadramento de dinheiro e a desejabilidade de bensmaster thesis201900297