Araújo, NelsonLabriola, João Francisco da Rosa2023-01-192023-01-192023-01-04http://hdl.handle.net/10400.26/43258Ao entender a figura de Chaplin como um grande enigma tanto para encenadores e atores quanto para profissionais da área de cinema, esse trabalho busca refletir sobre suas práticas sob a ótica do clown. Chaplin é normalmente referenciado como um comediante do cinema, mas suas raízes no Vaudeville pedem um olhar mais atento. Esse contexto há muito perdeu sua conexão com a prática artística no cinema atual, sendo possível e até desejável, porém, rever essa questão e as possibilidades aqui presentes. As poéticas existentes atualmente para treinamento de atores profissionais no cinema, estabelecem um distanciamento hierárquico e um alienamento metodológico com os diretores. Há, portanto, a compreensão de que para se fazer um filme, um detalhado guião é necessário, sem ter qualquer conexão com os atores, que serão seus intérpretes sob o comando do realizador. Em outros campos das artes performativas, entretanto, a ideia de um ator-criador já vem sendo praticada e elaborada há muitos anos. Se trata da possibilidade de contar histórias através dos impulsos criativos do próprio ator, sejam eles psicológicos, estéticos, sensoriais, de memórias ou mesmo de movimento. Essa possibilidade permite uma mais potente colaboração entre realizador e ator, assim como cria a possibilidade de um ator-autor ou de um realizador-performer, compreendendo o ato de criar com a câmera como uma arte feita no momento presente, construída a partir de estímulos geradores de narrativa, ou vindos a partir da própria narrativa, surgindo. O clown permite um outro olhar para o mundo, um olhar lúdico e cômico, mas também atento aos detalhes e apto a responder às mais diversas situações. Esse trabalho busca iniciar a possível pesquisa dessas possibilidades no cinema, levantar perguntas, sugerir análises e convidar a práticas que reconectem os realizadores contemporâneos com as possibilidades dramatúrgicas que habitam o imaginário, a arte popular sempre presente na cultura humana e as potências esquecidas do indivíduo, que o clown revela com um sorriso.porCharles ChaplinClownCinema de autorAtor criadorCinema contemporâneoA Linguagem Clownesca do Cinema de Charles Chaplinmaster thesis203180984