Leitão, HenriqueCorreia, António JorgeGomes, ClaraOliveira, OliveiraRolo, VitorMimoso, GabrielaRamos, Conceição2021-03-052021-03-052008-05-21A evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatal Acta Pediatr Port 2008:39(3):106-100873-9781http://hdl.handle.net/10400.26/35830Resumo.Avaliar a evolução e tratamento do refluxo vesico--ureteral congénito (RVU) em recém-nascido ou lactente com diagnóstico pré-natal de anomalia nefro-urológica. Métodos. Estudo de coortes históricas de crianças com o diagnóstico perinatal de RVU, nascidas numa maternidade de apoio perinatal diferenciado da Região Centro do País, entre 1993 e 2002, e posteriormente acompanhadas no hospital pediátrico de referência da mesma Região. Dividimos as crianças em duas coortes, aquelas que efectuaram tratamento cirúrgico e aquelas em que foi decidido manter vigilância. Para cada coorte (se aplicável) avaliámos: sexo, o tipo e grau de RVU, tipo de cirurgia, complicações, frequência e tempo de evolução até à cura espontânea. Na coorte das crianças em vigilância comparámos a proporção de crianças que mantiveram RVU com aquelas em que se verificou cura espontânea, relativamente ao sexo e ao grau de RVU. Resultados. Oitenta e duas crianças cumpriam os critérios de inclusão. O RVU congénito foi mais frequente no sexo masculino (77%) e era maioritariamente unilateral (65%). O tratamento cirúrgico foi efectuado em 35% dos casos, sobretudo nas crianças com RVU bilateral, com unidades refluxivas (UR) de grau elevado – IV ou V - (80% vs. 12% na coorte de crianças em vigilância) e em crianças com lesão/malformação renal (ipsilateral ou contralateral) e/ou assimetria funcional renal (58% vs 24% na coorte de crianças em vigilância). Neste último grupo, verificámos uma frequência de resolução do RVU de 72% (76% no subgrupo que foi acompanhado pelos menos 48 meses). O período entre os 24 e os 36 meses foi aquele em que ocorreu o maior número de resolução de casos. Não encontrámos diferenças significativas entre sexo e grau de RVU no que respeita à cura espontânea do RVU. Conclusões. O refluxo vesico-ureteral tende a resolver-se nos primeiros anos de vida, parecendo a profilaxia e vigilância clínica medidas suficientes e seguras no casos de refluxo de baixo grau e, provavelmente, também nos casos mais graves.Abstract . To evaluate the natural history and management of perinatally diagnosed vesico-ureteral reflux (VUR). Methods. Historic cohort study of infants born at a level III maternity, between 1993 and 2002, who were diagnosed with neonatal vesico-ureteral reflux and who had subsequent follow- up in a level III children’s hospital in the centre region of Portugal. The infants were divided in two cohorts: those who required surgery and those treated with prophylactic antibiotics and non-surgical intervention. For each cohort, gender, grade of VUR, chosen surgery, complications, rate and timing of spontaneous resolution of VUR were evaluated. This rate was analyzed regarding the gender and the grade of VUR, in the group under non-surgical intervention. Results. We found 82 children with neonatal VUR. Most patients were boys (77%) with unilateral VUR (65%). Surgery was performed in 35% of patients, mostly in bilateral V, in high grade (IV or V) VUR (80% vs. 12% in the non-surgical cohort) and in infants with renal lesion, malformation or asymmetric renal function (58% vs. 24% in the non-surgical cohort). We found a 72% rate of VUR spontaneous resolution (76% in the subgroup followed up at least 48 months) in the infants managed with non-surgical the - rapy. The majority of spontaneous resolutions occurred between the ages of 24 and 36 months. In this group, regar - ding gender or grade, we found no significant differences in the resolution of VUR.porneonatologyvesico-ureteral refluxmanagementneonatologiarefluxo vesico ureteraltratamentoMadeira IslandRegião Autónoma da MadeiraPortugalA evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatalThe natural history of neonatal vesicoureteraljournal article